MOBILIDADE URBANA

Barcas: linha Charitas, em Niterói (RJ), ficará 60% mais barata após convênio entre prefeitura e governo do RJ

Acordo fará com que a passagem custe R$7,70 a partir do dia 6 de março

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O acordo prevê ainda o aumento da frota para atender à maior demanda de passageiros e a instalação de ar-condicionado em todas as embarcações
O acordo prevê ainda o aumento da frota para atender à maior demanda de passageiros e a instalação de ar-condicionado em todas as embarcações - Arquivo/Agência Brasil

A partir do dia 6 de março, o catamarã que faz a linha Charitas/Praça XV passará a custar R$ 7,70. A redução da tarifa em 63,33% - o valor atual é R$ 21 - ocorre após a formalização do convênio entre a Prefeitura de Niterói e o Governo do Estado do Rio de Janeiro.

O acordo prevê, além da redução da tarifa, o aumento da frota para atender à maior demanda de passageiros e a instalação de ar-condicionado em todas as embarcações.

A previsão do município de Niterói é que o fluxo de passageiros no catamarã cresça em torno de 50%, o que deve diminuir o tráfego de veículos na Avenida Roberto Silveira, em Icaraí, aliviando o trânsito na cidade. Pelos cálculos da prefeitura, seriam cinco mil veículos a menos circulando em Niterói nos horários de pico.

“A redução da tarifa trará não só uma economia significativa para os usuários do catamarã, mas permitirá que centenas de moradores que hoje não utilizam o modal, devido ao preço alto, passem a utilizá-lo, melhorando significativamente o tráfego. Além disso, a ampliação e climatização da frota garantirá mais conforto e eficiência no serviço”, afirmou o prefeito Rodrigo Neves. 

O deputado estadual Flávio Serafini (Psol), autor da Lei 8.037/2018 que institui a tarifa social na linha de barcas Charitas/Praça XV, participou da cerimônia no Museu de Arte Contemporânea (MAC). O parlamentar que há nove anos atua pela democratização da linha seletiva, acredita que a medida trará benefícios para toda a população.

“Essa redução é importante porque fortalece e democratiza o acesso a um transporte de massa alternativo aos carros e o rodoviarismo em geral que polui e engarrafa. Apresentamos a proposta em 2016, aprovamos a Lei em 2018 e agora estamos conseguindo retirá-la do papel e fazer com que o trabalhador e a pessoa pobre de Niterói também tenham essa alternativa”, destacou o parlamentar para a reportagem.

O convênio prevê o repasse municipal de até R$ 2 milhões por mês para subsidiar a redução da tarifa e o aumento da frota. O restante do investimento será feito pelo estado. 

A prefeitura informou que estuda, juntamente com o Governo do Estado, a implantação da Linha 3 do metrô, conectando o centro do Rio de Janeiro à Praça Arariboia. 

Fim do contrato

Na última quarta-feira, o contrato entre a CCR Barcas e o Governo do Rio foi encerrado. Desde ontem, o consórcio Barcas Rio, vencedor da licitação promovida pela Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana em novembro de 2024, começou a atuar sob o modelo de prestação de serviço, garantindo maior controle do estado sobre o funcionamento do transporte.

No novo formato, o estado tem a responsabilidade pela fiscalização, pagamento e definição de investimentos futuros. A receita da tarifa paga pelo passageiro passará a ser do estado e o novo operador será remunerado com base na quantidade de milhas náuticas navegadas, já determinada a partir da grade em vigor.

O novo modelo de prestação de serviços foi elaborado para substituir o atual, vigente desde 1998, por um período transitório de cinco anos, até se encontrar uma solução definitiva. A CCR Barcas operou o sistema aquaviário do estado por 13 anos.
 

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Jaqueline Deister