Mulheres em busca de conhecimento e vivências em agrofloresta, ecologia, rede, feminino, espiritualidade, entre tantos outros assuntos que permeiam o cuidado com a Terra se reuniram, no último sábado (1º), na comunidade da Nación Pachamama, a Aoniken, em Morungava (RS).
Abertura do projeto Agroflorestas Medicinais: Regenerando a Terra e o Ser foi na comunidade Aoniken / Foto: Katia Marko
O encontro foi a abertura do projeto Agroflorestas Medicinais: Regenerando a Terra e o Ser, formação gratuita para mulheres promovido pela ONG Pachamama com apoio do Fundo Casa Socioambiental, com duração de sete meses. A formação abordará assuntos como técnicas e práticas agroflorestais e ecológicas, saúde da Terra e do corpo humano, conexão com o feminino, ervas medicinais e economia solidária.
O projeto "tem o mérito de unir soluções à necessidades prementes, pois como humanidade não fizemos a tarefa de casa de descobrir nosso lugar na Teia da Vida: plantar sano, cuidar do solo, irmanar e empoderar mulheres que cuidam e sanam à si e à vida de forma coletiva e solidária", comenta a presidenta da ONG e educadora na formação, Trinidad Aguilar.
Estão inscritas mais de 30 mulheres de regiões próximas, todas com potencial para desenvolver e replicar mais agroflorestas em seus espaços e grupos próximos. "Temos como objetivo final da formação ajudar na regeneração dos ambientes naturais e internos do ser humano, implementando florestas de medicinas naturais. Queremos mais locais com solo saudável, água sendo plantada e mulheres fortalecidas e com renda. Por mais alimentos de qualidade, redes de economia solidária e apoio mútuo." explica a gestora do projeto Clarissa Londero.
Estão inscritas mais de 30 mulheres de regiões próximas, todas com potencial para desenvolver e replicar mais agroflorestas em seus espaços / Foto: Clarissa Londero
Patrícia Vargas, uma das participantes e moradora da região, salientou a oportunidade de estar em rede e conectada com outras pessoas com o mesmo propósito. “Me sinto fortalecida e com mais coragem de fazer as mudanças que venho sendo chamada para minha vida! Estar nessa formação me traz coragem e inspiração."
Os encontros presenciais serão em dois sítios comunitários na região de Morungava: a comunidade Aoniken e o sítio Cambyçara. Duas agroflorestas serão gestadas e postas em realidade durante os meses da formação nesses dois locais, que pretendem virar centros de disseminação e trocas de experiências na área da ecologia, agrofloresta, medicinas naturais, feminino e ativismo da Terra. Também vão acontecer atividades no centro Cuidi, criado por Rafinha Duarte, e no sítio Florestaria Tarumin, parceiros do projeto.
Para mais informações, material completo no site www.ongpachamama.org/ervas-agroflorestas
Confira mais imagens de Clarissa Londero:
Foto: Clarissa Londero
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Edição: Katia Marko