Só há uma coisa mais falsa que o sorriso de um influencer: suas recomendações
Casteladas, a coluna dos aforismos, traz o gênero literário conhecido por ser o oposto do calhamaço. A frase curta, de alegria instantânea, a serviço do humor refinado.
É mais fácil para Elon Musk descer um foguete numa torre do que subir na vida honestamente.
Israel sem guerra é como grupo de WhatsApp bolsonarista sem fake news.
Todo pseudoescritor tem certeza de que é um gênio incompreendido, mas a única coisa incompreensível é o que ele escreve.
A filosofia ilumina, mas não diverte.
“Conto não vende” – disse o editor a Dalton Trevisan ao recusar o original de seu livro.
Um tirano sírio, exilado em Moscou, não quer guerra com ninguém.
Desde que se conhecia estava em situação de olho da rua.
Quem tudo quer, tudo Botafogo.
Como vou ser triste se a fila que escolho no mercado sempre é a que para por causa de um preço errado?
Está tão fácil lançar livros que dá para trocar um caldo de cana pelo ISBN na feira.
Segundo minha Retrospectiva 2024, fiquei mais tempo no Spotify do que um bolsonarista tentando aprender o alfabeto inteiro.
Criança em avião é que nem chiclete no sapato: gruda, incomoda e faz questão de lembrar que está ali até o fim.
Só há uma coisa mais falsa que o sorriso de um influencer: suas recomendações.
O amanhã é um hoje que ainda não teve tempo de decepcionar.
Ainda vai passar muita vítima por debaixo da ponte nesse episódio da PM do Tarcísio.
* Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.
Edição: Katia Marko