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‘Sem anistia para os golpistas’: atos tomam as ruas de Porto Alegre e Cachoeirinha nesta terça (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos

Na Capital, protesto tem início às 18h na Ponte de Pedra e na região Metropolitana, às 16h, na Av. Gal. Flores da Cunha

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Em Porto Alegre, manifestantes se reúnem às 18h na Ponte de Pedra, em Cachoeirinha, às 16h, na Av. Gal. Flores da Cunha - Jorge Leão/Brasil de Fato RS

Em meio à repercussão da quebra de sigilo do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, protestos estão marcados para tomar as ruas de todo o país nesta terça-feira (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos, sob o mote “Sem anistia! Prisão para todos os golpistas”.

Com o mote “Sem anistia para golpistas”, protestos estão marcados em ao menos 18 estados, além do Distrito Federal, nesta terça-feira (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos. As manifestações são convocadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. 

Em Porto Alegre (RS), a concentração ocorre a partir das 18h, na Ponte de Pedra, Rua Washington Luiz, 1110 - Centro Histórico. Em Cachoeirinha (RS), manifestantes se reúnem às 16h, na Avenida General Flores da Cunha, em frente a Caixa Econômica Federal.

No último 21 de novembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os generais Augusto Heleno, Braga Netto e mais outros 34 investigados foram indiciados pela PF pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A investigação aponta uma organização estruturada e coordenada para manter Bolsonaro no poder após sua derrota na eleição de 2022. Ela revelou que o plano golpista incluía os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O documento foi encaminhado à Procuradoria Geral da República (PGR), que define se apresenta a denúncia, solicita novas diligências ou arquiva o processo.

A mobilização tem como reivindicação central o julgamento e a prisão de todos os envolvidos no caso e nos episódios de 8 de janeiro de 2023. Pede, ainda, o fim da escala de trabalho 6x1 – sem redução de salários, a valorização do salário mínimo e das aposentadorias, a derrubada do “PL do estupro”, a taxação dos super-ricos e o fim do genocídio contra a população negra.

“Reafirmamos a necessidade de mobilizar e combater o golpismo em todas as suas formas, repudiando qualquer tentativa de anistia aos responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro. A luta pela punição dos golpistas é essencial para defender e aperfeiçoar a democracia e enfrentar o avanço do fascismo no país”, destaca a Frente Brasil Popular nas redes sociais. “Por fim, destacamos a importância da mobilização popular nas ruas para fortalecer as iniciativas das vias institucionais e assegurar medidas concretas que impeçam novos ataques à nossa democracia”, finaliza o texto.

A CUT e as demais centrais sindicais afirmam em nota que: “mesmo vindo de um grupo político com notória inclinação golpista, autoritária e avessa à democracia, o grau de violência e desumanidade causa espanto. O caso extrapola a definição, já grave, de conspiração política, e avança para o crime organizado e para o terrorismo. Ainda mais grave quando pensamos que esses elementos estiveram no poder, comandando o governo federal sob a presidência de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2023”.

Pelas redes sociais, a Central dos Trabalhadores ainda conclui, “nossa mobilização é fundamental para garantir que os responsáveis pelos ataques à democracia sejam responsabilizados. Não podemos aceitar a impunidade”.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também chama os trabalhadores e trabalhadoras para a mobilização, assim como o Sindicato dos Técnico-Administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assufrgs) convoca toda a comunidade acadêmica.


Edição: Katia Marko