O Jair tem muitos defeitos, mas o pior deles é ficar aí envenenando as pessoas
Casteladas, a coluna dos aforismos, traz o gênero literário conhecido por ser o oposto do calhamaço. A frase curta, de alegria instantânea, a serviço do humor refinado.
Durante a realização do golpe de 8 de janeiro, nenhum general foi maltratado.
O capitão planejou, atuou e dominou o plano para golpe. E tudo isso internado em um hospital e usando apenas uma mão.
O rio Tietê é o único no mundo cuja água não molha.
Quem vai de BET, volta a pé.
A premiação é a nova crítica literária; se um livro ganha o Jabuti, é ótimo, se não ganha, é irrelevante.
Os mortos não têm espírito público.
Os bilionários temem um planeta sem milionários para explorar. Os milionários receiam um mundo sem classe média para iludir. E os pobres desconfiam que o oxigênio logo terá assinatura premium.
Ser poeta na era Trump é enxergar metáforas onde só há cifras.
No mundo do streaming, o Brasil é a fita VHS.
Os Estados Unidos conseguiram transformar a Bíblia em um manual de capitalismo selvagem.
Para quem é de Humanas, os cálculos são uma má temática.
Memória, quando é muito boa, é muito ruim.
A turbulência é o único momento em que os passageiros de Econômica, Executiva e Primeira Classe têm a mesma experiência de voo.
O Jair tem muitos defeitos, mas o pior deles é ficar aí envenenando as pessoas.
Será que os automóveis de hoje custam tão caro só porque vêm com aquele tablet embutido no painel?
* Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.
Edição: Vivian Virissimo