O Rio Grande do Sul será palco do Circuito de Música Afro e Indígena Contemporânea. A abertura do evento acontece na sexta (29) em Pelotas e depois segue para Porto Alegre (30) e Maquiné (1º). Em 2025 a programação volta em março, em Caxias do Sul (15) e Rolante (16).
O projeto é idealizado pela artista e produtora cultural Dessa Ferreira e é realizado em parceria com Silvia Abreu Comunicação e Gestão Cultural Ltda. Financiado pela Lei Paulo Gustavo, todas as atividades são gratuitas e abertas ao público.
“O circuito vem para lembrar que o Sul do Brasil é território indígena, moldado por mãos negras e indígenas e que, apesar de ter sido historicamente embranquecido por políticas eugenistas, essa herança resiste e pulsa em cada canto”, destaca Dessa Ferreira, cantora, compositora e diretora artística do festival. Ela integra o line-up ao lado do percussionista nigeriano Ìdòwú Akínrúlí, do cantor e compositor Dona Conceição e da cantora charrua Oderiê, acompanhados pelos músicos Bruno Vargas e Wagner Menezes.
O evento destaca a rica diversidade cultural do estado. Além de música haverá outras linguagens artísticas, como dança, artesanato, performance e gastronomia. Com feiras de artesanato e rodas de conversa, o evento envolverá artistas, grupos e coletivos negros e indígenas nas cinco cidades gaúchas.
As apresentações em cada município variam e contam com artistas locais. As três primeiras atrações já estão definidas: o rapper B.art estará em Porto Alegre, a pianista Catarina Domenici e a Cacica Iracema em Maquiné, onde também será apresentado o Coral Araí Ovy da Comunidade Mbya Guarani da Tekoa Ka’aguy Porã.
Edição: Katia Marko