Rio Grande do Sul

MEIO AMBIENTE

Audiência Pública vai debater crimes e conflitos ambientais em Viamão (RS)

Câmara de Vereadores de Viamão promove audiência nesta quinta (28), às 19h; umas das pautas é o aterro sanitário

Brasil de Fato | Viamão (RS) |
Ao fundo, no alto, a Coxilha das Lombas, onde se localiza a fazenda Monte Verde em que se pretende criar um aterro sanitário - Maria Luiza C. C. Rosa

A Câmara de Vereadores de Viamão vai realizar nesta quinta (28), às 19h, audiência pública para debater crimes e conflitos ambientais no município. Serão abordados temas como o desmatamento do Parque Sant Hilaire, a revitalização do lago Tarumã e a instalação de um aterro sanitário na Fazenda Monte Verde.

“Temos que tomar atitudes mais fortes e encaminhar ações imediatas. Nós debatemos o coletivo e o público, temos que denunciar quem está causando tudo isso”, fala Iliete Citadin, representante do Movimento Não ao Lixão

O encontro vai reunir ambientalistas, comunidade local e autoridades para discutir principalmente a instalação de um lixão metropolitano na Fazenda Monte Verde. Segundo os ambientalistas, isso afetaria diretamente comunidades locais e ecossistemas importantes, como a Área de Proteção Ambiental (APA) do Banhado Grande e o Banhado dos Pachecos e impacta 50 cidades do Estado.

Aterro Sanitário em Viamão

A primeira tentativa de criar o aterro sanitário na Fazenda Monte Verde, na Rodovia Acrísio Prates, no Passo da Areia, zona rural de Viamão, foi em 2019. O projeto, na ocasião, foi indeferido porque a empresa não apresentou os estudos no prazo indicado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A empresa então recorreu da decisão e a Fepam e ganhou licença única, com validade até julho de 2028, que autoriza a colocação de resíduos em solo agrícola.

Nestes cinco anos, o projeto tem enfrentado dura resistência de moradores e ambientalistas que, organizados no movimento “Não ao Aterro, Não ao Lixão”, denunciam os riscos que o empreendimento pode causar na região.


Convite do Movimento Não ao Lixão para a audiência pública / Divulgação


Edição: Katia Marko