Rio Grande do Sul

ENCHENTES NO RS

Atingidos pela enchente em Canoas protestam por moradia e agilidade em programas habitacionais

Manifestação está marcada para sexta-feira (29), às 17h30, na Estação São Luís da Trensurb

Brasil de Fato | Canoas (RS) |
Bairro Mathias Velho, em Canoas, ficou totalmente alagado - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

Na próxima sexta-feira (29), às 17h30, moradores de Canoas que perderam suas casas na enchente de maio vão realizar uma manifestação na Estação São Luís, da Trensurb, localizada na BR-116. O ato tem como objetivo reivindicar o direito à moradia e cobrar agilidade na solução para as famílias que ainda não foram contempladas pelos programas sociais. 

De acordo com a Prefeitura Municipal de Canoas, os primeiros 198 beneficiados pela compra assistida de imóveis pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) Reconstrução já receberam no início de novembro todas as orientações para adquirir seu novo lar totalmente custeado pelo Governo Federal.

Na ocasião, agentes da Caixa Econômica Federal (CEF), do Ministério das Cidades, da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SMDUH) explicaram todos os passos para que as famílias tenham acesso às moradias de até R$ 200 mil.

O prefeito Jairo Jorge declarou que o Município já realizou mais de 15 mil vistorias nos imóveis atingidos pela enchente e deve concluir esse trabalho em breve. Ele estima que cerca de um terço dos imóveis atingidos não são mais habitáveis.

“É nesses casos de perda total que as pessoas vão ganhar um imóvel novo. Temos cerca de 1,4 mil famílias em áreas de risco, o que deve somar cerca de 6,5 mil unidades habitacionais para os canoenses”, calculou o prefeito. Jairo Jorge acrescentou que busca com o Governo Federal recursos para a construção de moradias no próprio terreno de quem não quer deixar seu endereço e destaca que Canoas já está habilitada para construir 3,4 mil unidades habitacionais.

A titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SMDUH), Roberta Togni, salientou que o Município está trabalhando para que as famílias possam reconstruir suas vidas. “Todas as pessoas aqui precisam virar a página da enchente e seguir”, afirmou. 

Nesse programa, as famílias habilitadas pelo Ministério das Cidades escolhem e recebem moradias de até R$ 200 mil subsidiadas pelo Governo Federal. Esses imóveis são destinados aos beneficiários das faixas 1 e 2 do programa, com renda bruta familiar de até R$ 4.700. Ao ser contemplada pelas novas moradias, a família que tiver imóvel próprio precisa doar o imóvel atingido pela enchente à Prefeitura, que tomará providências para que o local não possa vir a ser ocupado novamente. 

Embora algumas medidas estejam em andamento, atingidos relatam ainda viverem em situações precárias e pressionam por respostas efetivas.

* Com informações do Escritório de Comunicação da PMC


Edição: Katia Marko