Rio Grande do Sul

CULTURA

A importância das águas do Guaíba é discutida em seminário na Fundação Iberê

Seminário Iberê Camargo - Território das Águas dialoga com exposição de mesmo nome neste sábado (23), na Fundação Iberê

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Evento, que dialoga com a exposição Iberê Camargo - Território das Águas, terá como palestrantes Arnoldo Doberstein, Paulo Gomes e Rualdo Menegat - Divulgação

A Fundação Iberê promove o seminário Iberê Camargo - Território das Águas neste sábado (23), às 16h, no auditório da Fundação com entrada franca. Acompanhado da exposição de mesmo nome, o evento busca refletir sobre a importância das águas do Guaíba que envolvem Porto Alegre desde a sua formação. As inscrições devem ser feitas pelo site da Fundação Iberê.  

O seminário conta com a participação de Arnoldo Doberstein, Paulo Gomes e Rualdo Menegat. Os palestrantes vão dialogar sobre a história das águas na cidade, suas implicações dos avanços sobre seu leito e o impacto da maior enchente de Porto Alegre. 

Arnoldo Doberstein, que desenvolve pesquisa em História da Arte e Cultura Artística, é autor do livro referencial Porto Alegre 1900-1920: Estatuária e Ideologia. No seminário, ele falará sobre o Chafariz do Imperador, primeiro monumento de Porto Alegre, instalado em 1866, na Praça da Matriz, com atenção à escultura que simboliza o Guaíba e que está presente na atual exposição. 

Paulo Gomes, historiador e crítico de arte, que desenvolve pesquisa sobre a arte produzida no Rio Grande do Sul, abordará o panorama artístico, com os nomes de maior destaque do período em que Iberê Camargo chegou a Porto Alegre.

Rualdo Menegat, geólogo, coordenador do premiado Atlas Ambiental de Porto Alegre, discorrerá sobre os mecanismos ambientais e paisagísticos que moldam nossa cultura. 

Exposição marca os 110 anos de Iberê Camargo

Ainda no sábado (23), às 14h, a Fundação Iberê abre a exposição Iberê 110 Anos – Minha Restinga Sêca. Organizada por Gustavo Possamai, responsável pelo acervo do artista, com apoio da Prefeitura de Restinga Sêca, a mostra traz um recorte de obras que fazem referência à sua cidade natal.

“Iberê sempre evocou as suas raízes e o seu chão como mitos fundadores de sua obra. Nas visitas a Restinga Sêca, já adulto, costumava pedir que tocassem o sino da estação ferroviária, onde nasceu, enquanto fechava os olhos, imerso nas memórias despertadas por aquele som. Ele sempre acolheu o carinho da comunidade local, afirmando que não se deve negar o amor. É um pouco desse lugar de memória e afeto que esta exposição pretende revelar", destaca Possamai.


Edição: Katia Marko