Enfim, a AmeriKKKa se posiciona entre o voto popular branco e pobre em bilionários canalhas
Em plena Howard University, celebrada instituição de ensino da juventude afro-americana, Kamala Harris, a ex-candidata e ainda vice-presidente dos Estados Unidos (EUA) pelo Partido Democrata deu mais um sinal patético do que é o "progressismo evasivo" da Gringolândia.
Kamala Harris discursando é uma mescla de legalismo babaca diante de um criminoso convicto e a hipocrisia democrata de sempre. Os gringos decidiram por um canalha ao invés de um bando de inúteis.
Depois de um conjunto de nulidades enveredou pela micropolítica. E não disse uma palavra até agora em melhorar a qualidade de vida, aumento de salários e garantia de direito à alimentação, moradia, transporte e aposentadoria. Enfim, está à direita do keynesianismo.
Coleção de bobagens e inutilidades proferidas por Kamala Harris. Discurso elitista e nada de reivindicação popular. Não falou a palavra sindicato em nenhum momento.
Depois falou de "lei e ordem" na forma de auto-ajuda em sua experiência como procuradora em San Francisco e na Califórnia. Quanta bobagem. Nada sobre encarceramento em massa, nada contra a privatização das prisões; depois fala de historinha tipo fábula.
"Otimismo, fé, vocação de serviço e luz"... MUUUNNNN RAHHHH. Kamala Harris, ex candidata, vocacionada para ser "coach". Que vergonha, sequer citou a defesa necessária do Obama Care para a população mais pobre.
Enfim, a AmeriKKKa se posiciona entre o voto popular branco e pobre em bilionários canalhas ou a "opção progressista" que ajuda a destruir a Argentina e o Equador e financia o genocídio palestino.
O imperialismo democrata, o voto castigo em Trump e o escroque reconduzido ao poder
Como observamos em outros momentos, os limites de governos liberal democratas com tímidas políticas de corte social-democrata estão cada vez mais visíveis. No caso dos EUA, para seu público doméstico, o Partido Democrata perdeu onde jamais perdera desse jeito, de forma tão escancarada: no voto sindical. A central estadunidense AFL-CIO, não tirou apoio para Kamala Harris. Tampouco tiveram prévias na interna, sendo Biden candidato para a reeleição por uma canetada. No início do governo Obama - no primeiro semestre de 2009 - a Superpotência vivia a dor de cabeça pós "farsa com nome de crise" da quebradeira do sistema financeiro através da especulação imobiliária e a venda de derivativos tóxicos. Ocorreram então dois fenômenos.
Barack Hussein (sim, Hussein, de origem paterna, um economista queniano com família islamizada) tentou promover uma inflexão econômica e deixou como legado, além da criação de empregos precários (tal como Biden), o ObamaCare, um sistema de saúde menos cruel. No plano de repressão interna, seus oitos anos foram campeões de deportação de imigrantes ilegais (mais de 85% de origem latino-americana) e também, construiu a nova política imperial da Lawfare, o famigerado Projeto Pontes, que deu origem na Lava Jato.
Com essa ferramenta e acessórios, obteve vitórias importantes contra nós, nosotros y nosotras da América Latina: junho de 2009, golpe de Estado em Honduras; junho de 2012, golpe de Estado no Paraguai e abril de 2016, golpe de Estado no Brasil. Tem mais, em novembro de 2015 Mauricio Macri ganha na Argentina alimentado por uma Operação de Lawfare, através de um operador sionista e da CIA, o procurador Alberto Nisman. Curiosamente este apareceu "suicidado" em janeiro daquele mesmo, em seu apartamento em Puerto Madero, na capital Buenos Aires.
Democrata ou Republicano, o Império é imperialista com os outros, especialmente com o chamado Sul Global. E a projeção de poder para a América Latina não para. A diferença é que os estadunidenses, incluindo o voto afro-americano e latino, resolveram punir ao Partido Democrata por sua timidez e platitude elitista. A "punição é o sofrimento coletivo" elegendo novamente um escroque, criminoso e canalha para sentar na cadeira de presidente do país que ainda é o mais poderoso do mundo.
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* Bruno Lima Rocha Beaklini ([email protected] / www.estrategiaeanalise.com.br) é jornalista, cientista político e professor de relações internacionais; é membro do ICCEP / O Coletivo, editor do programa Oriente Médio em Revista, colunista do Monitor do Oriente Médio e participa da luta pela democracia na comunicação social.
** Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.
Edição: Vivian Virissimo