A retomada das promoções para professores estaduais em 2025, divulgada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) nesta terça-feira (15), é comemorada com cautela pelo sindicato que representa a categoria. Sem ocorrer há uma década, as promoções na carreira do magistério foram pauta de mobilizações do Cpers Sindicato durante o período.
“Celebramos toda e qualquer iniciativa que valorize os educadores, mas o governo Leite e sua base aliada na Assembleia Legislativa têm o péssimo costume de ‘dar com uma mão e retirar com a outra’”, destaca a presidente do Cpers, Helenir Schürer. “Aguardaremos ansiosamente o anúncio de como essas progressões serão realizadas para que, de fato, o atual quadro de achatamento salarial entre os diferentes níveis e classes da educação estadual seja reduzido”.
A carreira do magistério estadual está estruturada em seis classes, que vão de A a F, além de seis níveis de habilitação. As promoções ocorrem de classe a classe, a fim de incentivar a permanência dos profissionais da educação no serviço público. A medida, anunciada neste Dia do Professor, beneficiará mais de 23 mil professores e cerca de 200 especialistas em educação.
Para concorrer à promoção, é preciso ser servidor efetivo da Rede Estadual, ter concluído o estágio probatório e possuir interstício mínimo de três anos de serviço na classe atual da categoria. As promoções serão realizadas em duas etapas: a primeira metade dos servidores será promovida em 2025; a segunda, em 2026.
O Cpers relembra que a iniciativa do governo beneficia somente educadores na ativa, excluindo funcionários de escola e aposentados. “Nestes mesmos 10 anos, os aposentados receberam míseros 6% de reajuste. Por isso, seguimos na luta pela Revisão Geral, única forma de agregar toda a categoria no reajuste”, afirma Helenir.
Com as promoções, o governo estima um impacto financeiro de R$ 19,1 milhões em 2025 e R$ 61,5 milhões em 2026. A previsão do governo estadual é de que 81% dos professores que cumpriam os requisitos legais possam ser promovidos. O processo de avaliação levará em consideração critérios de antiguidade e merecimento, conforme as regras estabelecidas pela Lei N.º 6.672/74 e suas alterações.
“O governo reitera e renova o seu compromisso com os educadores. A nossa gestão foi responsável por colocar os salários em dia, reestruturar a carreira do magistério (pagando o piso nacional), e reajustar o valor do vale-alimentação, entre outras medidas em benefício dos professores”, afirmou Leite durante após anunciar a medida nesta terça. “Sabemos que ainda é preciso mais, mas avançamos e seguiremos nessa direção para construir um futuro com mais educação e oportunidades para todos”, completou.
Edição: Sul 21