O Brasil terá, a partir de 2025, total de 26.789 vereadores que se declaram negros (pretos e pardos) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São 786 a mais em relação a 2020 quando foram eleitos 26.003 vereadores. Aumento foi pequeno, mas representa um pequeno avanço. Os vereadores negros representam 45,86% do total de eleitos. Em 2020, essa proporção foi de 44,46%. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Quem define a raça no momento de fazer o registro no TSE é o próprio candidato. Ele pode informar ser amarelo, branco, indígena, pardo ou preto, ou nenhuma raça. A cor ou raça dos candidatos é usada para definir políticas públicas, como a distribuição do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral, dinheiro público que é repassado pelo governo aos partidos.
Em relação aos vereadores eleitos no país, 22.739 (ou 38,93%) se declaram pardos. Outros 4.050 (6,93% do total) se denominaram pretos.
Um dado curioso, ou seria estranho, é que 4,4 mil dos candidatos que já tinham se declarado negros em eleição anterior passaram a se declarar brancos para o pleito municipal deste ano. Talvez tenha uma explicação: a mudança ocorreu em meio à alteração na regra que determinava que os partidos tinham a obrigação de repassar no mínimo 50% desses dois fundos para as candidaturas de pessoas negras. Agora, esse percentual caiu para 30%.
O número de vereadores eleitos que se declararam indígenas também subiu: passou de 181 (031% do total) para 241 (0,41% do total), ou mais 60 vereadores. Apesar de ainda representarem uma parcela muito pequena das câmaras municipais, o aumento da proporção deles em relação aos demais eleitos foi considerável, de 32,2%.
A parcela de vereadores brancos encolheu. Foram 31.100 eleitos em 2020 (53,53% do total) em 2020 e 30.846 (52,81% do total) nestas eleições.
O número de vereadores eleitos que se declaram com a cor/raça amarela caiu de 234 (0,40% do total) na eleição de quatro anos atrás para 213 (0,36%) em 2024.
Edição: Vivian Virissimo