Rio Grande do Sul

Eleições 2024

MST elege sete vereadores em seis cidades do Rio Grande do Sul

Pelo país, foram 23 prefeitos e 110 vereadores na ofensiva para se consolidar como força política institucional

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Pela primeira vez na história do MST, o movimento se organizou em nível nacional para disputar as eleições municipais - Matheus Alves/MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) elegeu sete vereadores em seis cidades gaúchas. Em Nova Santa Rita foram dois: Andréia Margarete e Emerson Giacomeli; em Joia, Adenilson Bode; em Tupanciretã, Claudiomiro Cordeiro; em Piratini, José Auri; em Candiota, Luana Vais e em Santana do Livramento, Leandro Ferreira. Pelo Brasil, foram 133 candidaturas para prefeito e vereança. Ligados à luta pela reforma agrária, foram eleitos 23 prefeitos e vices, distribuídos em 19 estados. Os outros 110 eleitos são vereadores.

Entre as propostas assumidas pelas candidaturas eleitas estão o apoio à democratização do acesso à terra, incentivo à produção e cooperação de alimentos saudáveis e combate à fome, iniciativas de sustentabilidade e cuidado permanente com o meio ambiente, além da defesa da educação, saúde, cultura e diversidade.

De acordo com o MST, existe uma avaliação positiva com relação à decisão política de disputar as eleições municipais, onde a articulação do movimento saiu vitoriosa, para além do número de candidaturas eleitas, mas principalmente pelo capital social e político acumulado ao longo de todo o processo eleitoral e do trabalho de base.

“As candidaturas do MST fizeram um trabalho incrível em cada canto deste país, dialogando com o povo, levando a Reforma Agrária Popular para todos os cantos do campo e da cidade. E o resultado dessas eleições é fruto desse processo, da vitória política que tivemos”, declara Luana Carvalho, da direção nacional do MST. Ela conta que a ideia do movimento é se organizar como força política para avançar em legislações que defendam a classe trabalhadora tanto no campo, quanto na cidade.

Pela primeira vez na história do MST, o movimento se organizou em nível nacional para disputar as eleições municipais. Com candidaturas próprias e de aliados, as campanhas comprometidas com a reforma agrária somaram 600 candidatos e candidatas disputando a vereança e prefeituras em 367 municípios, distribuídos em 22 estados brasileiros. Na disputa, estavam 73 candidaturas para os cargos de prefeito e vice-prefeito.

As candidaturas disputaram o eleitorado de cerca de 34 milhões de pessoas, principalmente em pequenas cidades do interior. Dos 367 municípios onde estavam distribuídas as candidaturas, 269 eram de cidades com até 50 mil habitantes; 95 cidades de municípios que possuem população entre 100 a 500 mil habitantes e apenas 3 delas possuem população maior que 500 mil habitantes.


Edição: Vivian Virissimo