Rio Grande do Sul

EDUCAÇÃO

Fernanda Melchionna solicita adiamento do Enem no RS devido à catástrofe climática

Deputada pede ao MEC aplicação do Enem em dezembro, destacando o impacto das enchentes no aprendizado dos estudantes

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
" É evidente que os estudantes gaúchos que vivem em áreas atingidas estão em uma enorme desvantagem em relação aos estudantes do resto do país em todos os aspectos", argumenta a deputada federal - Foto: Brenda Rocha / Shutterstock

Em 2024, as provas objetivas e a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão aplicadas nos dois primeiros domingos de novembro, dias 3 e 10. No Rio Grande do Sul, a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL) enviou um ofício ao Ministério da Educação solicitando o adiamento da aplicação do exame para estudantes gaúchos. O pedido se justifica na catástrofe climática que assolou o estado e prejudicou a estrutura das escolas e o aprendizado dos estudantes. A um mês do exame, o MEC ainda não respondeu ao ofício.

As enchentes que atingiram 478 municípios do RS, sendo 95 deles atualmente reconhecidos como em estado de calamidade pública, destruíram muitas escolas públicas e privadas do RS. Infraestrutura, mobiliário, material didático e biblioteca foram danificados. Grande parte das escolas que não foram atingidas serviu de abrigo temporário. Como consequência, os alunos ficaram semanas e, em alguns casos, até meses sem aulas ou com aulas remotas. 

No ofício, encaminhado em 25 de setembro, a deputada federal sugere que o Enem seja aplicado no Rio Grande do Sul em dezembro de 2024, mesma data reservada para o Enem voltado às Pessoas Privadas de Liberdade (PPL).

“Quem é que, durante a perda de suas casas, vendo cidades inteiras alagadas e com a escola destruída, tem saúde mental para estudar para o Enem? É evidente que os estudantes gaúchos que vivem em áreas atingidas estão em uma enorme desvantagem em relação aos estudantes do resto do país em todos os aspectos. Portanto, manter a data da prova diante desta realidade seria aprofundar ainda mais as desigualdades que já existem”, argumenta a deputada.


 
 

 

 

Edição: Marcelo Ferreira