Rio Grande do Sul

MEMÓRIA NAS TELAS

Sala Redenção retoma discussão sobre o golpe de 1964 em novo ciclo

Cinema da UFRGS apresenta 'Diário de uma busca' em sessão seguida de conversa com o professor Nilo Piana de Castro

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Cena do documentário "Diário de uma Busca", que abre o novo ciclo no cinema universitário da UFRGS - Foto: Divulgação

Após o sucesso da mostra "60 anos do Golpe Militar: Tão Longe, Tão Perto" , ocorrida no mês de abril, a Sala Redenção, cinema universitário da UFRGS em Porto Alegre, dá continuidade à proposta de discutir a temática, agora na forma de um ciclo mensal homônimo. Para a primeira sessão, que ocorre na terça-feira (24), às 19h, e tem entrada gratuita, o filme escolhido é "Diário de uma Busca", de Flávia Castro.

A obra traz a história do jornalista Celso Afonso Gay de Castro, militante político de esquerda exilado durante a ditadura militar brasileira e morto em Porto Alegre, aos 41 anos, sob circunstâncias suspeitas. Sua filha e diretora do filme, Flávia Castro, se debruça neste mistério para tentar desvendá-lo.

A exibição de "Diário de uma Busca" no cinema universitário da UFRGS é seguida de conversa com o curador do ciclo, Nilo Piana de Castro, professor do Colégio de Aplicação da UFRGS.

A proposta do ciclo "60 anos do Golpe Militar: Tão Longe, Tão Perto", conforme afirma a divulgação, é contribuir para a memória e a discussão crítica acerca do passado, "na busca por não repetir a história e, sim, vislumbrar um futuro de plena liberdade cidadã e democrática".

Originalmente, o ciclo estava programado para iniciar no dia 8 de maio, mas o projeto foi interrompido devido às enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul.

A sessão tem entrada franca e é aberta à comunidade em geral. A Sala Redenção está localizada no campus central da Universidade, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333, centro de Porto Alegre.

Sobre o filme

O jornalista Celso Afonso Gay de Castro morreu aos 41 anos, na cidade de Porto Alegre, em circunstâncias suspeitas. O militante político de esquerda foi exilado durante a ditadura militar brasileira. Durante esse período, ele percorreu diversos países, como Argentina, Venezuela, Chile e França, sempre carregando consigo sua família. Uma vida marcada pela história da luta armada, exílio e ausência. Sua repentina morte deixou seus familiares com um vazio e um mistério, que a filha Flávia tenta desvendar.


 
 

 

 

Edição: Marcelo Ferreira