Rio Grande do Sul

Mobilização

Mulheres indígenas realizam marcha em Porto Alegre por terra, saúde e educação na próxima segunda-feira (23)

Mulheres das etnias Kaigang, Guarani M’bya e Charrua farão caminhada pelas ruas da capital gaúcha

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Caminhada será uma manifestação de luta pela terra, saúde e educação dos povos originários - Mayla Karajá

Na próxima segunda-feira (23) será realizada a 1ª Marcha das Mulheres Indígenas de Porto Alegre. O evento terá  concentração a partir das 17h, na Praça Montevideo, no centro histórico. A capital gaúcha abriga povos originários de três etnias: Kaigang, Guarani M’bya e Charrua.

“Eu luto para que todas as pessoas tenham acesso à saúde, educação, direitos básicos garantidos. Todas merecem uma casa, uma cama quentinha, alimento”, declarou Juliana Dilizia Guterres Dutra, indigenista e membro da organização da marcha. 

“O que está no papel não está na prática e é para isso que eu luto todos os dias. Luto pelos direitos da Mãe Terra, de todos os seus povos e seu bem viver”, acrescentou.

Segundo o Censo de 2022, Porto Alegre tem 2.708 indígenas, sendo 1.420 mulheres. No Rio Grande do Sul, a estimativa é que existam 36.096 indígenas, o que corresponde a 0,33% da população do estado.

De acordo com Juliana, a caminhada será uma manifestação de luta pela terra, saúde e educação para os povos originários. “E também de outras pessoas que precisam de apoio e estão desamparadas, porque as leis estão no papel mas não se tornam ações”, justificou. 

Antecedendo a caminhada será realizada uma exposição/feira de artesanato indígena da região sul, às 14h, no mesmo local. Representantes de movimentos populares, sociedade civil e lideranças políticas também farão parte da manifestação.


Edição: Vivian Virissimo