O planeta só estará a salvo quando o último bilionário for enforcado nas tripas do último ditador
Casteladas, a coluna dos aforismos, traz o gênero literário conhecido por ser o oposto do calhamaço. A frase curta, de alegria instantânea, a serviço do humor refinado.
A qualidade do ar está tão ruim que ficou mais seguro respirar no escapamento de um ônibus.
As torres eram gêmeas, mas a queda foi sem-par.
Suzane Richthofen presta concurso para trabalhar no Tribunal de Justiça. Julgamento rápido, de fato, é com ela.
O país incendiando e você aí comprando copo Stanley para manter a água gelada.
Poucos perceberam, mas já começou uma nova pandemia: a de estupidez.
5 estrelas no peito, 11 pernas de pau em campo, eis o paradoxo da Seleção Brasileira.
O populista governa com ponto de exclamação, o monarquista com reticências, e o fascista com ponto final.
A medicina evoluiu tanto que está cada vez mais difícil encontrar um cadáver morto.
Matou a família com o Porsche e foi ao cinema.
Dizer que os acontecimentos vêm como têm de vir é só um jeito bonito de falar “ninguém controla nada”.
O planeta só estará a salvo quando o último bilionário for enforcado nas tripas do último ditador.
Parar no sinal vermelho, hoje em dia, é ser contra o sistema.
Países bem governados produzem cidadãos; países mal-governados, investidores.
O Brasil não é terra de ninguém, tem dois ou três donos.
Somos o que fingimos ter vivido.
* Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.
Edição: Katia Marko