O salão comunitário da paróquia Nossa Senhora de Fátima, localizada no município de Pantano Grande, abre suas portas desde o amanhecer desta quarta-feira (14) para dar continuidade a uma tradição que vem sendo mantida pela diocese de Santa Cruz do Sul há mais de 20 anos: o encontro das sementes crioulas.
Unindo aspectos que vão desde a espiritualidade, a tradição produtiva e a cultura popular, o 23º Encontro Diocesano das Sementes Crioulas mais uma vez garante o protagonismo dos guardiões e guardiãs de sementes, tanto os de matriz camponesa quanto os povos indígenas e as comunidades quilombolas, que vêm ao longo de muitas gerações preservando e multiplicando as sementes tradicionais, os modos de produção e a própria relação existente entre essas comunidades e a natureza.
O Brasil de Fato conversou com o agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Maurício Queiroz, que é um dos mobilizadores do evento, que apresentou a programação prevista: o encontro terá início as 8h30 com momento de espiritualidade, seguido de abertura às 9h, posteriormente palestras; ao meio dia haverá almoço a preço acessível; na parte da tarde será realizada partilha de experiências e momento de trocas de sementes crioulas; o encerramento com envio dos participantes está previsto para as 16h30.
O evento é organizado pela Comissão Pastoral da Terra da Diocese de Santa Cruz do Sul desde 2001, conjuntamente com a paróquia local, Movimentos Sociais Populares e grupos de agricultores e agricultoras, e visa valorizar a agricultura familiar camponesa, estimular a agroecologia e a multiplicação e preservação das sementes crioulas. Conta com apoio de organizações locais como a Emater e Prefeitura de Pantano Grande, e também de organizações regionais como a Articulação em Agroecologia do Vale do Rio Pardo e Articulação da Agroecologia do Vale do Taquari.
Para maiores informações e para grupos interessados em participar os organizadores deixam o contato de WhatsApp 051 99643.0119.
Edição: Katia Marko