Rio Grande do Sul

CULTURA NEGRA

A sabedoria dos tambores afro-brasileiros e as expressões antirracistas e decoloniais são tema de debate na UFRGS

Roda de conversa 'Percussivamente: o que os tambores nos falam' será nesta quinta-feira (8) no Centro Cultural

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Os instrumentos percussivos ocupam papel central nas musicalidades afro-brasileiras, na afirmação da cultura negra e como expressão antirracista e decolonial - Foto: Jorge Leão

Presença fundamental nas rodas de samba, nos maracatus, nas cirandas, na música baiana, nos carimbós, os instrumentos de percussão ocupam um papel central nas musicalidades afro-brasileiras e afrodiaspóricas. Experiência cultural essa que emergiu na ancestralidade e que fundamenta a sua existência, tornando-se expressões de afirmação da cultura negra e também antirracistas e decoloniais.

A temática será o fio que vai conduzir a roda de conversa "Percussivamente: o que os tambores nos falam". O encontro será nesta quinta-feira (8), no Centro Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A atividade é gratuita e começará às 19h.

O debate será conduzido pelo professor Eduardo Guedes Pacheco e tem como foco central proporcionar à comunidade o diálogo com pesquisadoras e pesquisadores de áreas diversas interessados nos estudos da diáspora africana.

O encontro é organizado pelo grupo de pesquisa Som, Colonialidade e Pensamento Musical Contra-Hegemônico, vinculado ao Departamento de Música do Instituto de Artes da UFRGS, e faz parte de um ciclo de debates promovido pelo grupo de pesquisa em parceria com o Centro Cultural da Universidade.

Liderado pelo professor Felipe Merker Castellani (DEMUS-IA-UFRGS), o Som, Colonialidade e Pensamento Musical Contra-Hegemônico se dedica ao estudo das epistemologias musicais que se insurgem poética e politicamente contra as lógicas monoculturais da modernidade ocidental, em especial àquelas produzidas no contexto da chegada de escravos africanos nas Américas. Suas investigações partem de abordagens transversais que interligam campos disciplinares.

Além de produções intelectuais de caráter teórico-analítico, as pesquisadoras e os pesquisadores também desenvolvem produções artísticas experimentais, ações extensionistas e de divulgação científica.

Eduardo Guedes Pacheco

Percussionista, pesquisador e professor adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), Eduardo tem seu trabalho voltado para a formação de educadores interessados em problematizar a arte dentro do contexto de ensino. Tem investigações que envolvem as questões étnico-raciais com especial atenção para o contexto da negritude.

Integrante do grupo de Pesquisa LUTA (IFCH - UFRGS), o professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da UERGS também atua como secretário da Comissão de Acessibilidade, Diversidade e Ações Afirmativas da Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM). Eduardo ainda cumpre o papel de coordenador Nacional do Coletivo de Músicos Negres MWANAMUZIK e integra o grupo musical AFROENTES.


O debate é conduzido pelo professor Eduardo Guedes Pacheco e tem como foco central proporcionar à comunidade o diálogo dos estudos da diáspora africana / Divulgação: Centro Cultural UFRGS

Serviço

"Percussivamente: o que os tambores nos falam" | Roda de conversa com  Eduardo Guedes Pacheco, organizada pelo grupo de pesquisa Som, Colonialidade e Pensamento Musical Contra-Hegemônico.

Data: quinta-feira (8)

Horário: 19h

Local: Centro Cultural da UFRGS - Sala Abacateiro

O Centro Cultural da UFRGS está localizado na rua Eng. Luiz Englert, 333, no campus central da Universidade. Acesso pelo andar térreo.

Entrada franca


Edição: Katia Marko