Rio Grande do Sul

RETOMADA DA CULTURA

Projeto Grafite de Giz promove debate sobre a presença das vegetações nos cenários urbanos

A edição traz a artista Claudia Hamerski com um olhar para o centro e a periferia, vegetação e o desenho como resíduo

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Nesta edição, Claudia Hamerski investiga a presença da vegetação em cenários urbanos - Divulgação Centro Cultural UFRGS

Na terceira edição do ano do Grafite de Giz, Claudia Hamerski traz para o mural de entrada do Centro Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, o trabalho "Brotam no cimento mesmo, crescem onde não deveriam crescer". A obra investiga a presença da vegetação em cenários urbanos, além de da relação das pessoas com as plantas que nascem em fissuras de calçadas, fachadas e muros.

O painel de Claudia Hamerski no Grafite de Giz pode ser visitado no térreo do Centro Cultural até 18 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, com entrada franca. O endereço é Rua Eng. Luiz Englert, 333, no campus central da universidade.

Na segunda-feira (5), às 17h30, haverá um bate-papo com a artista com mediação de Jéssica Becker, professora do Instituto de Artes e curadora do projeto.


O Grafite de Giz desafia artistas a explorarem as potencialidades de uma ferramenta pouco habitual em seus trabalhos, o giz, ilustrando o painel de grandes dimensões no térreo do Centro Cultural / Divulgação Centro Cultural UFRGS

Claudia Hamerski é doutora em Artes Visuais (PPGAV/UFRGS, 2022). Em paralelo à carreira de artista visual tem atuado em espaços formais e não formais com arte educação, ministrando aulas, cursos e palestras. Faz parte do grupo de pesquisa Arte & Natureza, Processos e Poéticas Híbridas e sua pesquisa parte do olhar para plantas periféricas e o estudo das relações que estabelecemos com o lugar, o sentido de centro e periferia e o desenho como resíduo.

“Para o projeto Grafite de Giz, proponho um desenho em grandes dimensões no qual apresento algumas construções baseadas nos meus registros de plantas espontâneas nas ruas de Porto Alegre”, conta a artista. “Esta proposta cria uma contradição pela ampliação das escalas que nos confrontam em termos de dimensão, composição e iluminação proposta.”

A frase que dá nome ao trabalho foi retirada do filme Medianeras (2011), dirigido por Gustavo Taretto.


Doutora em Artes Visuais, Claudia Hamerski parte do olhar para plantas periféricas e o estudo das relações com o lugar, o sentido de centro e periferia e o desenho como resíduo / Divulgação Centro Cultural UFRGS

Grafite de Giz

Desde 2019, o Grafite de Giz desafia artistas e coletivos a explorarem as potencialidades de uma ferramenta pouco habitual em seus trabalhos, o giz, ilustrando o painel de grandes dimensões localizado no térreo do Centro Cultural. A proposta também se caracteriza pela efemeridade, uma vez que as obras são apagadas a cada dois meses, para dar espaço a novas participações.

Serviço

Grafite de Giz com Claudia Hamerski

Bate-papo com a artista | segunda-feira (5), às 17h30

Visitação | Até 18 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h

Local | Centro Cultural da UFRGS, Rua Eng. Luiz Englert, 333, Porto Alegre

Entrada franca


Edição: Marcelo Ferreira