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Os EUA nunca abandonaram os caminhos do terror contra Cuba

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"Nossos arquivos históricos guardam a memória de mais de 600 tentativas de ataque contra Fidel Castro e outros líderes da Revolução" - Foto: Endrys Correa Vaillant
Aqueles que acusam Cuba de patrocinar o terrorismo nunca hesitaram em utilizá-lo impiedosamente

Semear dor e morte em solo cubano, ceifando a vida de pessoas inocentes para aterrorizar a população, tem sido, juntamente com o bloqueio, a arma mais utilizada por Washington para tentar derrotar a Revolução Cubana.

Se a guerra econômica e financeira não minar os pilares da nação caribenha, a violência deverá destruir esses alicerces. Esta aberração criminosa tem sido a base das ações contra as Grandes Antilhas desde janeiro de 1959, por parte das sucessivas administrações que ocuparam a Sala Oval da Casa Branca.

Aqueles que acusam Cuba de patrocinar o terrorismo nunca hesitaram em utilizá-lo impiedosamente.

A denúncia recentemente feita pela televisão cubana põe em causa mais uma vez a capacidade dos Estados Unidos de traçar listas e acusar outros do que fazem impunemente.

É gravíssima esta ação de um jovem cubano, chamado Ardenys García Álvarez, residente nos Estados Unidos, membro de um grupo contra-revolucionário, que treina abertamente na Florida.

Como numa espécie de regresso ao passado, repetiram uma infiltração clandestina ao longo das nossas costas, para descarregar armas e munições, com o objetivo de cometer atos terroristas.

O plano era “simples”, entrar, recrutar mercenários, espionar, atacar unidades militares para obter armas, fazer sabotagem e provocar um levante armado.

Nós, cubanos, conhecemos bem as consequências destas ações. Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, os atos terroristas cometidos pelo governo dos EUA causaram 3.478 mortes e deixaram 2.099 pessoas com deficiência na Ilha.

Nossos arquivos históricos guardam a memória de mais de 600 tentativas de ataque contra Fidel Castro e outros líderes da Revolução.

Como podemos esquecer também os assassinatos dos alfabetizadores Conrado Benítez, Manuel Ascunce e outras crianças, jovens e camponeses cubanos cometidos por gangues armadas organizadas pela CIA nos anos 1960?

A sabotagem contra o avião da Cubana de Aviación em Barbados em 6 de outubro de 1976, a introdução da epidemia de dengue que matou 101 crianças em 1981 e as bombas colocadas em hotéis na década de 1990 estarão sempre vivas na memória.

O terrorismo contra Cuba não é coisa do passado. Pelo contrário, o discurso de ódio tem aumentado nos últimos anos. Recordemos os recentes ataques contra a Embaixada de Cuba em Washington.

Há menos de um ano, em 7 de dezembro de 2023, foi publicada no Diário Oficial a Resolução 19/2023 aprovada pelo Ministério do Interior de Cuba com a Lista Nacional de pessoas e entidades ligadas ao terrorismo contra as Grandes Antilhas.

Nele aparecem nomes e organizações terroristas que desde 1999 planejaram, executaram e conspiraram atos de extrema violência em território cubano.

Algumas dessas pessoas que aparecem na Resolução estão envolvidas na denúncia feita pela TV cubana. Esperemos que, em conformidade com as leis internacionais, os culpados sejam levados à justiça nos Estados Unidos.

* Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

Edição: Katia Marko