Os servidores técnico-administrativos em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) optaram por manter a greve iniciada em 18 de março.
A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na terça-feira (18) após intensa discussão e votação, com ampla maioria favorável à manutenção da paralisação, com apenas um voto contrário e nove abstenções. A reunião contou com a participação de 255 profissionais da categoria, organizada pelo Assufrgs Sindicato.
A mesa, composta por André Telles, Myrela Barros e Ricardo Souza, apresentou o Informe de Greve da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), que detalhou a continuidade do movimento grevista e a proposta do governo federal apresentada em 11 de junho.
O Comando Local de Greve também compartilhou parecer sobre a proposta governamental, que foi considerada insuficiente pelos participantes, apesar dos avanços obtidos nas negociações até o momento.
Entre os principais pontos aprovados pela assembleia, estão a reivindicação por um maior reajuste no piso e no step (percentual de reajuste a cada progressão na carreira); o adiantamento do reajuste de 0,1% do step de janeiro de 2025 para 2024; e a antecipação das parcelas do reajuste de 5% e do step de 0,1% para janeiro de 2026. Foi consenso entre os servidores que as pautas não orçamentárias necessitam de prazos e detalhes claros sobre a implementação.
Os principais pontos da nova contraproposta incluem:
- Reajuste maior no piso e no step;
- Adiantamento do reajuste do step de 0,1% de janeiro de 2025 para 2024, beneficiando aposentados e pensionistas;
- Antecipação das parcelas do reajuste de 5% e do step de 0,1% para janeiro de 2026;
- Inclusão do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) para ativos, aposentados e pensionistas, com efeitos financeiros em janeiro de 2026;
- Definição de prazos e instâncias responsáveis pela implementação das pautas não remuneratórias, como a data-base e política salarial;
- Reposicionamento dos aposentados com prazo determinado;
- Garantia de não implementação do Técnico-Administrativo Substituto e revogação de decretos de extinção de cargos e suspensão de concursos;
- Jornada de 30 horas para todos, com prazo para os trabalhos do Grupo de Trabalho no MEC;
- Implementação imediata da carga horária para cargos definidos em legislação específica;
- Revogação do ponto eletrônico;
- Paridade, revogação da lista tríplice e destituição dos interventores;
- Fasubra deve encaminhar ofício para AGU substituir o procurador da Ufrgs.
Edição: Katia Marko