A Casa da Economia Solidária de Porto Alegre está recebendo doações para auxiliar artesãs da região Metropolitana que foram diretamente afetadas pelas recentes enchentes. A iniciativa visa apoiar as famílias que perderam não apenas suas casas, mas também seus materiais de trabalho e maquinários, fundamentais para a produção artesanal, principal fonte de renda dessas mulheres.
Rejane Aurélio, liderança da Casa e integrante da Associação de Mulheres Ensinando e Semeando (AMES), destacou a importância dessa ação solidária. "A maioria das artesãs trabalham em casa e perderam tudo, inclusive a matéria-prima e seus produtos. Essa doação é essencial para ajudar essas famílias a se reerguerem", afirma. A Casa da Economia Solidária funciona como um espaço coletivo para artesãs que produzem artesanato dentro da economia solidária, e muitas delas viram suas atividades paralisadas pela catástrofe.
A entrega das doações, realizada pelos Correios, contou com o apoio de funcionários como Vécio Borges, motorista dos Correios de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. "Fui mandado para cá dia 19 de maio e vou ficar por mais 30 dias. Quando me perguntaram se eu poderia vir, não pensei duas vezes. É uma honra ajudar os irmãos", disse Borges. A Casa da Economia Solidária de Porto Alegre está localizada na Rua Vigário José Inácio, 303, no centro da Capital. Embora não haja previsão para a reabertura ao público para atividades comerciais, o espaço está sendo utilizado como ponto de coleta de doações para as artesãs afetadas pela enchente.
Impactos da enchente
O coletivo de mulheres artesãs que integram a Casa da Economia Solidária dedica-se à produção de diversos artesanatos, que são expostos e vendidos na Feira Estadual de Economia Popular e Solidária. Este evento, que acontece anualmente no Centro Histórico de Porto Alegre, promove a visão de um mundo mais justo e solidário.
A feira é uma oportunidade crucial para essas mulheres, pois não apenas gera renda, mas também valoriza e divulga o trabalho artesanal, fortalecendo a economia solidária e proporcionando um espaço de visibilidade e reconhecimento para as artesãs. Com a enchente, o trabalho e a renda dessas artesãs foram comprometidos.
* Com a colaboração de Carlos Messalla.
Edição: Katia Marko