Moradores de quatro condomínios localizados na rua Machadinho, no bairro Rio Branco, reclamam da quantidade significativa de entulho que continua acumulado em frente às suas residências após a enchente que assolou a cidade de Canoas. Móveis, colchões, eletrodomésticos e outros utensílios danificados pelas águas se amontoam nas ruas, transformando as calçadas em verdadeiros obstáculos para os pedestres e potencializadores de novos alagamentos.
As montanhas de lixo também obstruem parcialmente as vias, exigindo desvios constantes por parte dos motoristas e tornando o tráfego ainda mais complicado. "As pilhas de descarte estão trancando a rua e daqui a pouco nem a pé conseguiremos passar. Imagina de ocorrer algum acidente que precise passar um caminhão de bombeiro ou ambulância?", questiona uma moradora.
Móveis destroçados, eletrodomésticos danificados e uma diversidade de detritos ocupam as calçadas, dificultando a passagem de pedestres e complicando o tráfego de veículos / Foto: Arquivo pessoal
Na manhã desta quinta-feira (13), durante uma coletiva de imprensa, o prefeito Jairo Jorge anunciou novos reforços para intensificar a Operação Limpeza em Canoas, que já removeu mais de 40 km de resíduos das ruas afetadas pela enchente no lado Oeste da cidade. Para ampliar os esforços, a Administração Municipal contratou 1.200 auxiliares de limpeza e lançou um edital para aumentar o número de caminhões e máquinas da operação.
Serão disponibilizados 240 caminhões, 120 retroescavadeiras e 30 caminhões garra para auxiliar na limpeza das áreas atingidas. Além disso, será aberto um novo edital para contratar profissionais autônomos com equipamentos próprios. Os interessados em trabalhar com caminhões basculantes de 10 metros cúbicos receberão R$ 216,17 por hora, enquanto quem utilizar caminhões garra receberá R$ 190 por hora. Já os operadores de retroescavadeiras receberão R$ 156,76 por hora de trabalho.
De acordo com o prefeito, a Operação Limpeza já retirou um total de 8.656 cargas de resíduos das casas atingidas pela enchente até a quarta-feira (12). O volume total retirado soma 103.872 metros cúbicos, equivalente ao conteúdo de mais de 41 piscinas olímpicas. Atualmente, a operação mobiliza mais de 200 pessoas e dispõe de um arsenal de 40 retroescavadeiras, 120 caminhões caçamba basculantes, dez caminhões garra, duas motoniveladoras e quatro pás carregadeiras.
Edição: Katia Marko