Rio Grande do Sul

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Ambientalistas defendem construção de uma política de gestão ambiental para Porto Alegre

Carta com propostas para uma cidade sustentável foi lançada no último sábado no Parque da Redenção

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Roda de conversa contou com a participação da pré-candidata a vice-prefeita Tamyres Filgueira (PSOL), e da pré-candidata a prefeita Maria do Rosário (PT) - Foto: Rafa Dotti

O Parque da Redenção foi palco, no último sábado (8), de roda de conversa sobre a relação dos centros urbanos com o meio ambiente. Diante das tragédias causadas pelas chuvas extremas que atingiram o Rio Grande do Sul no mês de maio e que fizeram com que até cidades inteiras fossem evacuadas, ambientalistas históricos se reuniram para propor medidas que garantam o compromisso da população e dos governantes para a sobrevivência das gerações futuras.

O encontro teve início às 10h30, no Monumento ao Expedicionário, e contou com a participação da pré-candidata a vice-prefeita de Porto Alegre, Tamyres Filgueira (PSOL), e da deputada federal e pré-candidata a prefeita de Porto Alegre, Maria do Rosário (PT).

Na ocasião, também foi lançada uma carta com propostas que buscam a construção de uma política de gestão ambiental para a capital gaúcha. O documento elabora medidas para a criação de uma cidade ambientalmente sustentável e socialmente justa.

A carta abarca questões como a preservação da cidade e do meio ambiente, a responsabilidade dos municípios na questão do urbanismo ambiental, a relação de seus moradores com o meio ambiente e a retomada do protagonismo ambiental. O documento discute a participação da população nas tomadas de decisões sobre a reconstrução de Porto Alegre, que agora está a cargo da empresa estadunidense Alvarez & Marsal (A&M).

Segundo o documento, a calamidade das enchentes que se abateu em Porto Alegre e que abrangeu 94,77% dos municípios do Rio Grande do Sul merece uma reflexão sobre nossa vulnerabilidade às cheias. “Também temos que considerar que a insistência em negligenciar a emergência climática traz impactos devastadores à sociedade e ao ambiente e são um sinal de alerta do esgotamento das políticas neoliberais que destruíram o serviço público na Capital.”


Pré-candidatas à Prefeitura de Porto Alegre se comprometeram com as propostas da carta / Foto: Rafa Dotti

Defende, ainda, o resgate da participação democrática e popular no Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) e no Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (CMDUA), que trata do Plano Diretor, bem como do Orçamento Participativo, eliminando-se a ingerência de setores da construção civil e os interesses do setor imobiliário. “No caso do Comam, as entidades ambientalistas reivindicam a eliminação do sorteio e ingerência do governo na representação das entidades e o restabelecimento da autonomia na indicação do setor pela Apedema-RS (Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente – RS).”

Para ler e assinar o manifesto acesse aqui.

Edição: Katia Marko