A chuva contínua que cai sobre a região Metropolitana de Porto Alegre desde a noite de quarta-feira (22) fizeram com que as águas do Guaíba voltassem a subir nesta quinta-feira (23). O centro histórico da capital gaúcha e pelo menos dois bairros, Cidade Baixa e Menino Deus, ficaram alagados. Além disso, a situação dos bairros da zona Norte, que ainda estavam alagados, pioraram. Foram 14 centímetros em quase 5 horas após 17,6 milímetros de chuva, conforme a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Conforme a medição feita em tempo real pela Agência Nacional de Águas (ANA), em duas horas, do nível do Guaíba subiu dez centímetros, atingindo o mesmo patamar de dois dias atrás. As águas subiram de 3,83 m às 10 horas da manhã de hoje (23) para 3,90 m às 12 horas. Esta situação trouxe um desalento para moradores da Cidade Baixa, Menino Deus e comerciantes do centro histórico, que, na quarta-feira (22), haviam começado a limpeza de suas casas e estabelecimentos comerciais.
A responsabilização do prefeito Sebastião Melo (MDB) pelos danos causados pela enchente tornou-se comum entre comerciantes e associações de bairros. A crítica subiu de tom após informação de que o Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae) tem recursos em aplicações no mercado financeiro, cerca de R$ 500 milhões, e não utilizou o dinheiro para manutenção das bombas e do sistema de esgotamento pluvial da cidade.
Zona Sul
Algumas áreas da região Sul da capital gaúcha, que ainda não haviam sido atingidas pelas cheias, ficaram alagadaa na manhã desta quinta-feira (23). O arroio da Guabiroba, que nasce entre a Restinga e a Lomba do Pinheiro e deságua no Guaíba entre a Ponta Grossa e Belém Novo, transbordou, na região do bairro Hípica. O bairro do Lami, no extremo sul, voltou a ser inundado e a vila de Belém Novo ficou sem ligação direta para o centro da cidade, tendo que ser feito um desvio pela Lomba do Pinheiro, na divisa com Viamão. Em Belém Novo, a Avenida Beira Rio ficou alagada.
A Restinga, onde moram cerca de 150 mil pessoas, está com ruas tomadas pela água. Naquela região, a enchente é decorrente do volume de água que entrou no Guaíba nas últimas semanas e não permite o escoamento das águas geradas pelas novas chuvas.
Acompanhe Coletiva com prefeito Sebastião Melo
Edição: Katia Marko