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Que legado deixas?

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"Convido-te a sonhar acordado, levantando teu coração ao horizonte e sentindo: que tipo de mundo gostaria de deixar para as gerações seguintes?" - Divulgação Nación Pachamama
Nosso compromisso com deixar um legado de ressurreição da antiga aliança entre humanidade e natureza

Que legado deixarás à Vida da tua passagem por ela?

Esta casa comum nos Andes que chamamos de Pachamama. Pacha: pedra, ou terra, ou tempo também, e mama, a Mãe que nos dá alimentos, roupa, medicina, e o sopro de vida que nos mantém no jogo de instante a instante.

Mas, em algum momento do caminho, a humanidade perdeu o sentido de conexão amorosa com Pachamama e estamos em risco de entrar no sinal vermelho, na emergência do impacto que nossa forma de gerar ganhos produziu no biossistema tão sensível e orgânico.

O capitalismo, o mercado, os índices de risco-país, o preço da moeda Deus: o dólar, nossos medos todos nos levam a oferecer os recursos da Amazônia, por exemplo, para acalmar algo criado por ilusões de super-homens, e no oceano seguem-se formando ilhas do tamanho de um pequeno país, com resíduos plásticos, que poluem e matam milhões de espécies.

Ainda assim, os políticos e homens de negócio, gente racional e sóbria, são “realistas”, não aceitam como verdadeiro o diagnóstico dos cientistas mais autorizados, somente pensam na economia.

Se substituímos o amor à Pachamama e o respeito pelas suas leis equilibradas e simples pela Economia, talvez seja porque nos anima uma psicologia de onipotência. Este modelo econômico que globalizamos já trouxe um perigo iminente de autodestruição.

Um legado de uma vida dedicada com simplicidade e harmonia à Pachamama é necessária em indivíduos e em grupos conscientes e sensíveis, para que se vá expandindo até que o modelo mude.

Um legado de uma defesa aberta dos bosques e selvas amazônicas e de todo o planeta, dos arrecifes de corais ou dos pântanos, enfrentando as indústrias do gado e da mineração e da indústria química ou florestal.

Um legado de consciência que se desperta para o que está acontecendo e não fica passiva. Os dons que nos dá Pachamama deveriam ser a prioridade de nossa luta, de nosso fervor amoroso pela vida.

Nossa vida depende de manter limpa e sã a casa comum, a água limpa, o solo limpo e saudável, o ar limpo e respirável, a energia limpa e usada com sobriedade e a biodiversidade dançando em abundância.

A tragédia é uma oportunidade, depende de cada ser humano sobre a Terra. Somos otimistas porque confiamos no espírito humano. Confiamos porque sabemos que há uma consciência pura, uma chispa divina em nós, mas devemos afirmar nosso compromisso com deixar um legado de ressurreição da antiga aliança entre a humanidade e a natureza.

Convido-te a despertar o Amor pela Vida em todas as suas formas, e deixar um legado de esforço individual e familiar de mudança de hábitos e de perspectiva com respeito à Mãe Vida.

Convido-te a sonhar acordado, levantando teu coração ao horizonte e sentindo: que tipo de mundo gostaria de deixar para as gerações seguintes?

Podemos imaginar um futuro em que nas cidades se possa caminhar de noite, admirando as estrelas, bebendo a vida com ar puro, sentindo os animais próximos, livres e sem medo, adaptando-nos nós às estações e paisagens selvagens e não destruindo tudo.

Este sonho e outros mais avançados são possíveis com a bondade de todos os corações.

Assim a felicidade chegará a todos os seres vivos e este planeta será um lar feliz para muitas gerações de humanos sensíveis, humildes e sóbrios.

A ONG Pachamama e o Movimento Nación Pachamama estão com a campanha AMOR EM AÇÃO para tornar o amor visível aos corações desabrigados das enchentes do Sul. Faz frio e venta muito por aqui e os parceiros que atuam diretamente nos abrigos nos pedem ajuda para as crianças especialmente, com cobertores e alimentos.
Seguimos com a missão de levar:

- ÁGUA POTÁVEL
- COBERTORES
- ALIMENTOS

Doe qualquer valor no PIX da ONG PACHAMAMA e nos ajude a ajudar. PIX 08080.387/0001-45.

* Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Katia Marko