Rio Grande do Sul

Calamidade

Governo federal monta hospitais de campanha no Rio Grande do Sul

Unidades começam a atuar no Vale do Taquari; em Porto Alegre, governo abre escritório de atuação

Brasil de Fato Porto Alegre |
Desde a semana passada com uma Sala de Situação no Palácio do Planalto, o governo federal inaugurou oficialmente hoje (06) um escritório de atuação e monitoramento do combate às cheias em Porto Alegre - Foto: Exército Brasileiro

Um hospital de campanha, transportado em avião a partir do Rio de Janeiro, foi montado hoje (6) pelo governo federal em Lajeado, cidade do Vale do Rio Taquari, distante 100 km de Porto Alegre. O módulo conta com enfermaria, 40 leitos, 2 consultórios para atendimento e um para triagem.

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No domingo (5), em Estrela, município vizinho, também começou a operar um hospital de campanha. E outra unidade deve ser levantada neste semana em São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos, que também sofre com a enchente.

O Vale do Taquari é uma das regiões mais atingidas pelas inundações. Outros dois módulos hospitalares, com capacidade para 60 leitos, estão no Rio de Janeiro para serem embarcados para o estado.
     
Equipes médicas do Hospital Militar de Porto Alegre e da Policlínica Militar da Capital estão envolvidas nos atendimentos. São profissionais atuam na recepção, triagem, ambulatório, sala de medicação, sala de observação e emergência, segundo informação do governo federal.


    
A tarefa das Forças Armadas, através da operação Taquari II, começou em 30 de abril. Incluem resgate de pessoas ilhadas, além de evacuações aeromédicas. Também distribuição de água, alimentos e donativos, e auxílio na recuperação da infraestrutura danificada. Os militares atuam, ainda, na montagem de barracas para triagem de desabrigados e fornecimento de colchões. 

Inaugurado escritório em Porto Alegre 

Desde a semana passada com uma Sala de Situação no Palácio do Planalto, o governo federal inaugurou oficialmente hoje (6) um escritório de atuação e monitoramento do combate às cheias em Porto Alegre. Está operando na sede da Caixa Econômica Federal para, segundo Brasília, oferecer maior agilidade para a tomada de decisões, permitindo ainda a articulação da equipe federal com o governo estadual e dos municípios no atendimento aos atingidos e no processo de reconstrução do estado.  

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Na abertura do escritório estiveram os ministros Nísia Trindade, da Saúde, e Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, e Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, mais outras autoridades, como a presidente da Funai, Joenia Wapichana, e o secretário nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração, Wolney Wolff. Góes reparou que ter um ambiente físico é fundamental para aprimorar o processo de enfrentamento ao desastre provocado pelas cheias. 

Liberação de R$ 580 milhões

Pimenta explicou que a nova estrutura servirá “para não perder tempo e, a partir de agora, já operar de forma ainda mais forte e de forma ainda mais organizada”. Também disse que, nesta segunda-feira, o governo federal anunciou a liberação imediata de R$ 580 milhões em emendas parlamentares individuais, com aplicação direta em 448 municípios do Rio Grande do Sul.

Durante a inauguração do escritório, houve o anúncio de que outros R$ 448 milhões deverão ser liberados nos próximos dias. A expectativa é de que a Comissão Mista do Orçamento no Congresso Nacional se reúna nesta terça-feira (7) e que possivelmente, na quarta-feira (8), seja votada a liberação de mais esse apoio por meio das emendas especiais.


Edição: Marcelo Ferreira