Rio Grande do Sul

PISO REGIONAL

Entidades se reúnem para discutir reajuste ao salário mínimo regional do RS

Centrais sindicais afirmam que seria necessário um reajuste de 14,82%; empresariado apresentou proposta de 2,21%

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Encontro definiu que serão realizadas reuniões separadas com entidades patronais e centrais sindicais - Foto: Suelem Pires/Ascom STDP

Representantes das entidades patronais e dirigentes das centrais sindicais gaúchas reuniram-se na tarde desta terça-feira (16) para discutir a questão do índice de reajuste do salário mínimo regional. Esta foi a quinta rodada de negociação e, desta vez, sob a coordenação e mediação do secretário estadual do Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella.

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A proposta de reajuste apresentada pelo empresariado é de 2,21%. Representantes dos patrões argumentaram a dificuldade em conciliar o aumento do piso com outras demandas do mercado de trabalho. 

Já a proposta das centrais sindicais demonstra que seria necessário um reajuste de 14,82% para alcançar o valor correspondente a 1,28% salário mínimo nacional, proporção que tinha quando da sua implantação em 2001.

“No entanto, com o objetivo de avançar na busca de um entendimento, as entidades sindicais cederam em relação ao índice inicialmente proposto. Mas, em mesma medida, exigem pelo menos 8,45% de reajuste para pagamento a partir de 1 de fevereiro deste ano. Este percentual equivalente ao reajuste concedido ao salário mínimo nacional em 2024”, diz em nota a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). 

Na ocasião as centrais sindicais presentes argumentaram que a média do reajuste salarial que a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) tem discutido no interior do estado pode servir de parâmetro para chegar a um acordo. O reajuste da Farsul está na casa de 6,5% a 7%. 

Até o final de abril, a pasta se reunirá com cada representação, buscando um índice alternativo para o aumento do salário mínimo. Havendo ou não conciliação entre sindicatos e empresariado, o relatório vai ser enviado ao gabinete do governador até o dia 30 de abril, que por sua vez, formulará o projeto de lei a ser encaminhado para o Poder Legislativo. 

"Se conseguirmos conciliar um índice alternativo estaremos dando um passo significativo para que o projeto de lei seja encaminhado de forma mais ágil pelo governador à Assembleia Legislativa", frisou Sossella.

Para o secretário de Administração e Finanças da Central Única dos Trabalhadores do RS (CUT-RS), Antônio Guntzel, que esteve presente na reunião, “é necessária uma sensibilidade maior do empresariado para que no dia 30 de abril a Assembleia possa receber um projeto finalizado”.

* Com informações da CTB, CUT-RS e Ascom STDP


Edição: Marcelo Ferreira