Presidenta da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) está participando da 3ª sessão do Fórum Permanente de Afrodescendentes da Organização das Nações Unidas (ONU). Considerado um dos maiores espaços de discussão sobre as questões raciais no mundo, o evento acontece entre os dias 15 e 19 de abril, em Genebra, na Suíça.
“Como representante da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, me sinto honrada em participar dessa importante missão que possibilita uma série de reflexões a respeito da vida dos afrodescendentes e também é solo fértil para planejar a elaboração de ações concretas no Brasil”, afirma a parlamentar.
Liderada pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a delegação brasileira é composta por parlamentares, integrantes dos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, movimentos sociais e representantes da sociedade civil.
Criado pela ONU em 2021, o fórum tem como o objetivo de aprofundar reflexão sobre racismo sistêmico, justiça restaurativa, promoção dos direitos para a população negra em todo o mundo, cultura e reconhecimento e desenvolvimento sustentável da Década Internacional dos Afrodescendentes, marcado pelo período 2015-2024.
“É fundamental que sejam debatidas políticas de reparação histórica no âmbito global, e dentro disso construir uma agenda em comum em meio a um cenário real de transformações das Américas, do Caribe e do Sul Global”, avalia Daiana Santos.
Em sua terceira sessão, o Fórum Permanente de Afrodescendentes da Organização das Nações Unidas conta com quatro painéis temáticos de discussão: Reparações, Desenvolvimento Sustentável e Justiça Econômica; Educação: Superando o Racismo Sistêmicos e os Danos Históricos; Cultura e Reconhecimento; e A Segunda Década Internacional de Afrodescendentes: Expectativas e Desafios. Além disso, reúne 70 eventos paralelos planejados pelo fórum.
Durante a abertura, na terça-feira (16), o secretário-geral da ONU, António Guterres, celebrou as conquistas e contribuições de pessoas afrodescendentes de todo o mundo, mas também reconheceu a existência de discriminação racial e desigualdades que as pessoas negras continuam a enfrentar.
"Agora devemos aproveitar esse momento para impulsionar mudanças significativas, ao garantir que as pessoas afrodescendentes desfrutem da realização plena e igualitária de seus direitos humanos; ao intensificar os esforços para eliminar o racismo e a discriminação, inclusive por meio de reparações; e ao avançar em direção à plena inclusão de pessoas afrodescendentes na sociedade de forma igualitária", disse Guterres.
Edição: Marcelo Ferreira