Rio Grande do Sul

MOVIMENTO SOCIAL

Primeiro encontro das juventudes do MTD ressalta o protagonismo na transformação da realidade 

Cerca de 40 jovens participaram do encontro nos dias 6 e 7 de abril em Eldorado do Sul, no Assentamento Belo Monte

Brasil de Fato | Porto Alegre |
“A Jornada Socialista incendeia os corações de jovens reunidos para refletir sua realidade na formação do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos”, destaca o movimento - Foto: Divulgação

Com objetivo de consolidar a identidade e unidade da juventude no estado e reafirmar seu papel de protagonismo na luta pela transformação da realidade, aconteceu neste final de semana o primeiro encontro das juventudes do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Por Direitos (MTD). A atividade reuniu cerca de 40 jovens de diferentes cidades do estado e, também, de Curitiba, nos dias 6 e 7 de abril, em Eldorado do Sul, no Assentamento Belo Monte.

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Integrante do MTD, Rafael Francisco Santin Vieira afirma que o encontro "foi muito importante para reavivar a chama da revolução na juventude aqui do estado e apontar tarefas objetivas para os desafios que estão dados" Ele ressalta que "a juventude precisa se organizar para garantir seus direitos, direito de morar, direito de estudar, o direito ao lazer, o direito à cidade, o direito à cultura”.

A ideia do encontro partiu da lembrança da importância das juventudes nos processos e experiências de luta dos Panteras Negras, nos Estados Unidos, dos revolucionários cubanos e na resistência dos estudantes brasileiros durante a ditadura militar de que iniciou em 1964. “A Jornada Socialista incendeia os corações de jovens reunidos para refletir sua realidade na formação do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos”, destaca o movimento. 

Conforme relata Rafael, se construiu um diálogo sobre a conjuntura das juventudes e como essa se insere no movimento social. “As nossas místicas e a Jornada Socialista trazem as lutas da juventude no Brasil e no mundo mostrando seu protagonismo nas lutas sociais, na transformação da sociedade. Onde existe juventude organizada, existe também perspectiva de progresso e de conquistas na sociedade, de mudanças”, afirma. 

De Caxias do Sul, Brenda Fiuz, 24 anos, comenta que vivenciou uma experiência única de muito acolhimento, aprendizado e conhecimento. “Aprendi a trabalhar em grupo e a importância de que nada se faz só, de que juntos somos mais fortes. Me senti representada pela luta de outros jovens, de outros que como eu buscam melhorias, dignidade e direitos pra juventude, principalmente os oriundos de periferia e pais pretos assim como eu.”

Ela conta que saiu do encontro "com o coração e alma leve", e cheia de força e vontade de fazer a diferença dentro do seu território. “Levando o esperançar pra outros jovens de que o nosso presente e futuro pode ser diferente, e assim, continuando a luta das gerações passadas. Que nada seja sobre nós, sem nós", conclui.


Edição: Marcelo Ferreira