Em março de 2024, o preço da cesta básica da cidade de Porto Alegre apresentou queda -2,43%, em relação a fevereiro, passando a custar R$ 777,43 . É o que aponta a apuração mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nos primeiros três meses do ano, a cesta acumula alta de 1,42%. Em comparação com março de 2023, o valor subiu 4,20%.
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Na avaliação mensal, em março de 2024, nove produtos que compõem a cesta básica tiveram redução nos preços médios: a batata (-22,69%), o arroz (-7,20%), o tomate (-6,78%), o açúcar (-5,58%), a farinha de trigo (-5,29%), o óleo de soja (-5,13%), o café (-3,76%), a carne bovina de primeira (-0,78%) e a manteiga (-0,45%). A banana (6,29%), o leite (1,54%), o pão (0,81%) e o feijão (0,09%) registraram aumento de preço.
No acumulado de 2024, sete produtos registraram alta nos preços: o feijão (16,79%), o arroz (11,36%), a banana (9,36%), a batata (4,15%), o leite (2,91%), o pão (0,88%) e o açúcar (0,20%). Por outro lado, cinco itens ficaram mais baratos: o tomate (-6,49%), o óleo de soja (-2,76%), a farinha de trigo (-1,53%), o café (-1,53%) e a carne (-0,78%).
Ao longo dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em sete dos 13 produtos da cesta: batata (72,71%), arroz agulhinha (28,57%), tomate (24,17%), feijão (16,51%), banana (12,50%) açúcar refinado (11,09%) e pão francês (1,25%). Outros seis itens ficaram mais baratos: óleo de soja (-23,79%), café em pó (-14,92%), farinha de trigo (-12,62%), leite integral (-10,75%), carne bovina de primeira (-4,79%) e a manteiga (-0,76%).
Cesta básica sobe em 10 capitais
De acordo com o departamento, o conjunto dos alimentos básicos aumentou em 10 das 17 capitais que integram a pesquisa. Entre fevereiro e março de 2024, as elevações mais importantes ocorreram em Recife (5,81%), Fortaleza (5,66%), Natal (4,49%) e Aracaju (3,90%). Já as reduções mais expressivas foram observadas no Rio de Janeiro (-2,47%), em Porto Alegre (-2,43%), Campo Grande (-2,43%) e Belo Horizonte (-2,06%).
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 813,26), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 812,25), Florianópolis (R$ 791,21) e Porto Alegre (R$ 777,43). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 555,22), João Pessoa (R$ 583,23) e Recife (R$ 592,19).
Cesta x salário mínimo
Em março de 2024 o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.832,20 ou 4,84 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.412,00. Em fevereiro, o valor necessário era de R$ 6.996,36 e correspondeu a 4,95 vezes o piso mínimo. Em março de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.571,52 ou 5,05 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.302,00.
A estimativa do Dieese é feita com base na cesta mais cara, que em março foi a de São Paulo, e leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Edição: Marcelo Ferreira