O Cpers - Sindicato realiza nesta quinta-feira (4), a partir das 9h, em frente ao Palácio Piratini, um ato estadual e dia de paralisação por valorização salarial para funcionários de escola e aposentados da educação. A paralisação foi aprovada na última assembleia da categoria ocorrida no dia 22 de março.
“No dia 4 de abril teremos um ato tendo como protagonista os funcionários de escola na nossa luta por um salário básico, decente para os nossos agentes educacionais. Também neste ato vamos cobrar do governo que não retire mais as verbas indenizatórias da parcela do completivo para esses funcionários. Será um ato muito forte, em defesa da dignidade de todos os nossos agentes educacionais”, ressalta a presidenta do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
Ainda conforme reforça a dirigente, no dia, os manifestantes também cobrarão a revisão geral dos salários. “Nós temos, hoje, muitos aposentados que só tiveram 6% de reajuste na revisão geral, porque o governo faz um malabarismo com que os próprios professores paguem o seu reajuste, porque eles descontam da nossa parcela de irredutibilidade, que são os nossos triênios, o valor do reajuste do piso. A revisão salarial é que dará condições de que todos, absolutamente todos da nossa categoria, tenham reajuste.”
De acordo com o sindicato, o governador Eduardo Leite (PSDB) deixou mais de 60 mil educadores de fora do último reajuste do Piso, privando cerca de 32% dos profissionais que dedicam ou dedicaram suas vidas às escolas estaduais da valorização salarial que merecem. Em sua maioria, funcionários de escola, que recebem os piores salários do RS, com um básico de R$ 657,97.
:: Deputados aprovam projeto de reajuste do piso do Magistério que não alcança toda a categoria ::
“Nossa pauta é clara e necessária: exigimos o aumento do salário básico na carreira das funcionárias e funcionários de escola e o fim do desconto das verbas indenizatórias do completivo. Além disso, lutamos pela Revisão Geral dos salários, garantindo reajuste para os excluídos do aumento do Piso, como as(os) aposentadas(os) sem paridade ou que ainda possuem a parcela de irredutibilidade.”
A Assembleia Legislativa do RS aprovou o reajuste do piso no Magistério em 3,62%, no dia 12 de março. O projeto foi encaminhado pelo governador em regime de urgência e equipara o salário de educadores do estado ao piso nacional definido pelo Ministério da Educação (MEC) em janeiro. Mas o sindicato alerta que o reajuste acaba não chegando integralmente a toda a categoria. Prevê que o aumento será descontado da parcela de irredutibilidade daqueles que a tem, valor que reúne adicionais por tempo de serviço extintos na reforma do plano de carreira realizada em 2020, e não atinge funcionários de escola e aposentados.
Edição: Katia Marko