O Rio Grande do Sul amanheceu esta quinta-feira (21) com um rastro de destruição deixado pelo temporal causado pela entrada de uma nova frente fria. Fortes rajadas de vento de até 142 quilômetros por hora, aconteceram das 18h de quarta-feira (20) até as 8h de quinta-feira (21) em todo o estado. Cerca de 1,1 milhão de residências amanheceram sem energia elétrica: 752 mil na área da CEEE Equatorial e 337 mil na área da RGE Energia.
:: Quase uma semana após o evento meteorológico, ainda há mais de 20 mil pontos sem luz no estado ::
A Defesa Civil do RS emitiu alertas vermelhos ainda na tarde de quarta-feira (20). O que causou mais destruição foram as rajadas de vento. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a mais forte delas aconteceu em Soledade, com 142 km/h. O Inmet ainda registrou os seguintes dados: Cruz Alta 140 km/h; Jaguarão 125 km/h; Rio Grande 114 km/h; Pelotas 111 km/h; São Borja 108 km/h; São Luiz Gonzaga 91 km/h; Canguçu 91 km/h; Santa Maria 91 km/h e Porto Alegre, no bairro Jardim Botânico: 90 km/h.
As regiões mais atingidas foram a Fronteira Oeste, a Região Sul, a Região Metropolitana e a do Centro do estado. No final da manhã os estragos ainda estavam sendo contabilizados pela Defesa Civil. Na Região Norte, apesar de mais fracos os ventos também fizeram estragos. Em Passo Fundo, a velocidade do vento atingiu quase 70 km/h. Uma árvore caiu sobre o telhado de uma escola de Educação Infantil e as aulas foram suspensas. A ventania começou por volta das 6 horas da manhã. Conforme o Inmet a velocidade do vento foi de 68.4 km/h, mas o volume de chuva foi pequeno, 13.6 mm.
Em Espumoso, a chuva e o vento começaram por volta das 5h da manhã. Conforme a Secretaria de Obras do município, as rajadas mais fortes duraram em torno de 10 minutos. Há registro de 20 árvores caídas. Uma delas atingiu duas residências no Bairro União. Até o momento, 15 casas e uma escola foram destelhadas e mais de 200 metros de lona foram distribuídos. Duas famílias tiveram que sair de casa por conta da chuva e foram direcionadas para casas de parentes. Até o fechamento desta matéria não havia registros de feridos.
Edição: Katia Marko