Rio Grande do Sul

Moradia popular

Movimento Nacional de Luta pela Moradia de São Leopoldo cobra mais recursos para habitação

Manifestação faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres do MNLM e pede andamento das seleções do MCMV Entidade

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Militantes do movimento se reuniram na estação Rio dos Sinos e depois seguiram até a frente da prefeitura municipal - Foto: MNLM

O Movimento Nacional de Luta pela Moradia de São Leopoldo (MNLM-SL) realizou, na manhã desta quinta-feira (7), um ato de reivindicação por mais recursos para moradia popular. Mais de 350 militantes do movimento se reuniram na estação Rio dos Sinos e depois seguiram até a frente da prefeitura municipal, quando foram recebidos pelo prefeito Ary Vanazzi (PT).

:: Ocupações na região central são estratégia para garantir direito à moradia ::

A manifestação faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres do MNLM, que tem como lema "Menos dinheiro para o Centrão e mais dinheiro para a Habitação". "Nossa reivindicação é menos recurso pro Centrão e mais pra habitação, por conta de vários projetos que foram encaminhados do Minha Casa Minha Vida, e até agora não saiu seleção", explica a dirigente do movimento Andreia Camilo.


Prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, conversou com os militantes do movimento / Foto: Larissa Schöntag/PMSL

"Estamos indo às ruas pra fazer essa reivindicação de que os projetos sejam selecionados, sejam contratados e que tenha mais recursos pra habitação" complementa. Ela destaca que o governo municipal chamou ato para esta sexta-feira (8), Dia Internacional das Mulheres, mas o movimento definiu não estar junto, e sim seguir com a reivindicação própria, que é uma demanda nacional.

PACs para as ocupações do município

Na reunião com o prefeito, a executiva do movimento levou diversas pautas de moradia, infraestrutura, saúde e resolução de conflitos. Uma das reivindicações é a seleção do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das ocupações Justo e da Steigleder pelo governo federal, protocolados pela Secretaria Municipal de Habitação (Semhab) no ano passado. Os PACs somam um valor de quase R$ 300 milhões e preveem a urbanização e regularização fundiária das ocupações.

O prefeito Vanazzi destacou o compromisso do município contra o despejo e na busca de recursos para habitação. "O compromisso desta gestão, agora e no futuro, é manter as famílias onde elas estão, buscar dinheiro e recursos para infraestrutura, calçamentos, drenagem, luz elétrica e grandes projetos de moradias", destacou.


Integrantes do movimento se reuniram com o prefeito Ary Vanazzi / Foto: Larissa Schöntag/PMSL

A secretária de Habitação, Karina Camillo, lembrou de suas origens do movimento social. "Estou à frente da Secretaria de Habitação, mas também vim do movimento de luta pela moradia digna. Por isso nossa prioridade é a resolução dos conflitos fundiários com a regularização", afirmou.

O representante nacional do MNLM Cristiano Schumacher destacou a importância dos atos que foram realizados pelo Brasil. "Foram mais de 30 atos realizados em todo país, buscando soluções com gestores, deputados e autoridades. Com o objetivo de chegarmos até Brasília e levarmos nossas reivindicações de recursos para moradia e projetos habitacionais."

Agenda de lutas do 8M em Porto Alegre

O MNLM está com uma agenda de lutas em Porto Alegre para esta sexta, Dia Internacional da Mulher, levantando quatro principais pautas: pela vida das mulheres, mais recursos para habitação (MCMV), desopejo zero, imóveis públicos para moradia e pelo fim do genocídio em Gaza.

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Os atos iniciam às 16h, quando militantes do movimento se reúnem em frente à prefeitura de Porto Alegre. Às 17h, o ato é na frente da Caixa Econômica Federal e, às 18h, o MNLM soma-se ao ato unificado 8M, na Esquina Democrática.


Edição: Marcelo Ferreira