O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) divulgou uma nota, nesta segunda-feira (19), em que lamenta a morte de Valmir Miguel Fornari Molinari, vítima de acidente de trabalho na sexta-feira (16). Sócio do Sindicato, o metalúrgico de 57 anos foi perfurado com estilhaços de metal. Ele deixou esposa e filho e, em maio, completaria 24 anos de trabalho na empresa Forja São Leopoldo.
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Na manhã desta segunda-feira (19), dirigentes do Sindicato estiveram na empresa paralisando as atividades e conversando com os trabalhadores. Os diretores pediram à empresa que liberassem os trabalhadores no dia de hoje e que ofereçam apoio psicológico, pois estavam todos muito abalados.
O Sindicato entrou em contato com o Superintendente Regional do Trabalho no RS, Claudir Nespolo, para que acompanhe o caso. A Secretaria do Trabalho da Prefeitura de São Leopoldo também esteve no local, buscando informações.
“O STIMMMESL vai acompanhar toda a averiguação das causas do acidente e ressalta a importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e de um ambiente laboral seguro para os trabalhadores, que evite ao máximo acidentes de trabalho. Reforça ainda a necessidade da Forja São Leopoldo oferecer apoio psicológico para os trabalhadores e familiares da vítima”, informou a entidade.
Sindicato já havia se manifestado por mais segurança
No dia 12 de setembro do ano passado, o Sindicato realizou uma manifestação para exigir mais segurança na Forja São Leopoldo, devido a um acidente na empresa com dois trabalhadores, um perdeu três dedos e o outro, um. O Sindicato ficou sabendo da situação através de uma denúncia feita pela Vigilância em Saúde do Trabalhador (Visat).
Os dirigentes chamaram atenção que a Forja São Leopoldo teria que ter avisado o Sindicato sobre o acidente e não a Visat. “É muito grave isso que ocorreu e a situação da empresa só piora. Parece que a máquina que mutilou os trabalhadores ainda está em operação e isso não pode acontecer. Essa máquina não pode mais ser usada”, alertaram na ocasião.
Além disso, também havia relatos de que um dos trabalhadores mutilados estava trabalhando sem carteira assinada.
*As informações são do STIMMMESL.
Edição: Katia Marko