Quatro pessoas envolvidas em suposto esquema de compras fraudulentas na Secretaria Municipal de Educação (SMED) foram presas na manhã desta terça-feira (23) na Operação Capa Dura, da Polícia Civil. A ex-secretária municipal da Educação, Sônia da Rosa, duas assessoras: Mabel Luiza Leal Vieira e Michele Bartzen e o empresário Jaílson Ferreira da Silva, que vendeu 544 mil livros à SMED ao custo de R$ 34 milhões.
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No ano passado eles já tinham sido ouvidos em uma CPI na Câmara Municipal. Os livros e outros materiais estavam abandonados em depósitos com péssimas condições de conservação.
A prisão temporária será de cinco dias para apuração dos fatos. Os quatro detidos devem ser interrogados e, depois, encaminhados ao sistema prisional para cumprir a medida.
Sônia assumiu a titularidade da SMED em 3 março de 2022 e trouxe para integrar o seu gabinete pessoas de confiança, como Mabel e Michele. Todas elas são servidoras de carreira em Canoas. Mabel foi assessora técnica do gabinete de Sônia. Michele ocupou a função de coordenadora pedagógica da SMED.
Sônia, Mabel e Michele deixaram os cargos em junho de 2023, após denúncias de compras de livros com suposto direcionamento para um mesmo grupo econômico e o desperdício de materiais escolares abandonados em galpões, sob goteiras, umidade e fezes de aves.
O empresário Jaílson Ferreira da Silva atuou como representante comercial da editora Inca Tecnologia de Produtos e Serviços. Ele teria sido indicado pelo filho do prefeito, vereador Pablo Melo (MDB).
A prefeitura municipal divulgou uma nota oficial sobre o assunto.
A íntegra da nota assinada pelo Gabinete de Comunicação Social da Prefeitura é a seguinte:
Todas as informações levantadas na auditoria interna foram divididas com os órgãos de controle para aprofundamento das investigações, além da adoção de medidas de reestruturação na operação logística e de aquisições no órgão. A gestão prima pela transparência e lisura na aplicação dos recursos públicos e tem todo o interesse em elucidar os fatos, estando em plena colaboração com as instituições.
* Com informações da CUT-RS, PM Porto Alegre e Polícia Civil
Edição: Katia Marko