Uma semana após tempestade que atingiu o Rio Grande do Sul há ainda quase sete mil gaúchos sem luz, segundo informações da RGE e da CEEE Equatorial, sendo a região metropolitana a mais afetada.
:: Quase uma semana após o evento meteorológico, ainda há mais de 20 mil pontos sem luz no estado ::
Diante disso, diversos protestos têm ocorrido para denunciar a situação, como os organizados para esta quarta-feira (24), ao meio-dia e às 18h. Ainda nesta quarta, a CUT/RS promoverá uma manifestação em apoio aos trabalhadores argentinos contra as políticas econômicas do presidente Javier Milei.
Promovida pela Conlutas e demais entidades sindicais e do movimento social, o primeiro ato em relação ao desabastecimento de energia no estado está marcado a partir do meio-dia, na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre.
“Mais uma vez a população gaúcha sofre com falta de energia graças a ineficiência da Equatorial, que em busca do lucro desenfreado deteriorou o serviço que era da CEEE, estatal doada por míseros R$ 100 mil pelo governador Eduardo Leite com apoio do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, então deputado”, destaca em nota a Conlutas.
Para a entidade a saída é a reestatização da CEEE sob controle dos trabalhadores, com conselho popular no lugar do conselho de administração.
O segundo ato, intitulado "Por Luz, Água e Voz", organizado pela Frente dos Servidores Públicos do RS acontecerá a partir das 18h, em frente ao Palácio Piratini e após caminhada até o Paço Municipal.
“Os gaúchos(as) sofrem a angústia e o desespero, passando dias no escuro e sem água, após o temporal que devastou o RS! Milhares ficaram em situação crítica, devido ao péssimo serviço da CEEE Equatorial, que foi vendida a preço de banana por Eduardo Leite (PSDB), com aprovação de Sebastião Melo (MDB). Não toleramos o abandono da nossa comunidade por esses líderes descomprometidos! Exigimos a reestatização da CEEE e a defesa do DMAE público. Água é vida, não uma mercadoria para ser explorada por interesses políticos duvidosos.”
Em defesa dos trabalhadores argentinos
Por conta da retirada de direitos e aumento na repressão aos trabalhadores, haverá também nesta quarta-feira (24), em Porto Alegre, uma mobilização promovida por cinco centrais sindicais unidas (CUT-RS, Intersindical, UGT, CTB e Fórum) em frente ao Consulado Geral da Argentina, na rua Coronel Bordini, 1033, a partir do meio-dia. A convocação veio do presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, e do secretário de Relações Internacionais da entidade, Antonio Lisboa.
Em artigo, os dirigentes CUTistas criticam o Decreto Nacional de Urgência que desmantelou os sistemas de proteção laboral, social, saúde, desregulamentou a economia interna e externa, comprometeu a atividade da indústria nacional e abre às portas para a privatização das empresas públicas. Segundo eles, outro projeto de lei do presidente argentino, o Omnibus, agrava ainda mais a situação ao dar superpoderes ao governo Milei para a adoção de medidas autoritárias, perseguição e repressão dos protestos, greves e manifestações.
Também na quarta, um ato em Brasília ocorre em frente à embaixada da Argentina, a partir das 10h, no qual será entregue uma carta das centrais sindicais brasileiras pedindo diálogo do governo com os sindicatos e a revogação do DNU e da Lei Omnibus.
Nesta terça-feira e quarta, juntos com a Coordenadora de Centrais Sindicais do Conesul e a Confederação Sindical da Américas, em Foz do Iguaçu, na Jornada Latino-americana e Caribenha pela Integração dos Povos, os brasileiros renovarão os laços de solidariedade internacional, dando as mãos ao movimento sindical argentino.
Edição: Katia Marko