O presidente do Conselho Nacional da Pessoa Idosa, Raphael Castelo Branco, conclamou as lideranças presentes na abertura do Fórum Social Mundial da Pessoa Idosa a unirem esforços com objetivo de ajudar a construir políticas públicas, em todas as áreas, para atender a grande demanda existente.
A solenidade de abertura do Fórum – que prossegue com muitas atividades até dia 26 próximo – ocorreu na tarde de segunda-feira (22) no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa e contou com a presença de lideranças de diversos setores, delegações de diversas partes do Rio Grande do Sul, do Brasil e de países da América Latina e Caribe.
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Na condição de anfitrião da Assembleia Legislativa que sempre deu apoio à realização do FSM, o presidente eleito para a instituição, deputado Adolfo Brito(PP), se colocou a disposição dos organizadores e lideranças, com o objetivo de encontrar soluções para os muitos problemas enfrentados pela pessoa idosa. Destacou que os desafios para se enfrentar as muitas demandas dessa população são muito grandes, mas que com boa vontade e bons projetos será possível encontrar bons caminhos. Convidou os presentes e levar projetos e ideias. “Dia 31 tomo posso como presidente e estarei aberto a trabalhar com lideranças legítimas como as que aqui estão”, enfatizou.
Já os organizadores do FSM da População Idosa, Lelis Falcão e Eunice Luz, do Instituto Amigos do Fórum Social Mundial, enfatizaram a importância do evento que objetiva discutir políticas capazes de atender necessidades fundamentais da pessoa idosa. Eles destacaram que o fenômeno do envelhecimento populacional é mundial e que no Brasil pessoas com 65 anos ou mais chegam a representar 10% da população em geral. Se for levado em conta os acima de 60 anos, chega a mais de 15%.
Em sua manifestação como representante da Câmara de Municipal de Porto Alegre, o vereador Pedro Ruas (PSOL) destacou que o Estatuto do Idoso é uma lei muito boa, porém não é cumprida. Se fosse, segundo ele, grande parte dos problemas existentes, não existiriam. Ele citou o artigo 39 do Estatuto, onde consta que todo idoso tem direito à moradia digna.
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“Sabemos que isso não acontece e mais, temos uma população de quase seis mil moradores de rua na capital gaúcha e cerca de 20 a 30% são idosos." Porém o mais lamentável, conforme Ruas, foi o fato da prefeitura de Porto Alegre não estar presente na abertura do evento. “Um encontro mundial, que traz pessoas e lideranças de boa vontade de todos os recantos, vindas com a intenção de buscar melhorias e a prefeitura de Porto Alegre não se faz presente. Isso é um descaso”, declarou.
Participaram ainda da abertura o secretário Beto Fantinel que representou o governador do estado e garantiu que existe interesse em apoiar políticas para atender a pessoa idosa. O representante do Ministério das Relações Exteriores, ministro Marcelo Baumbach, enfatizou que os desafios para encontrar fórmulas capazes de atender a imensa demanda são muitos. “A população idosa cresceu muito e temos um imenso desafio pela frente”, avaliou.
Antes ocorreram palestras e a realização de um momento ecumênico, tendo em vista as comemorações neste 22 de janeiro, do dia nacional de combate a intolerância religiosa. Participaram o jornalista Elton Bozzetto, Cúria Metropolitana; pastor Horst Siegfried Musskoff, da Igreja de Confissão Luterana; Maria da Graça Marques e Jussara Passos, da Federação Espírita , Heloisa Motta coordenadora das igrejas evangélicas.
O fórum é organizado pelo Instituto Amigos do Fórum Social Mundial Porto Alegre e conta com apoio do governo do Estado, por meio das secretarias de Desenvolvimento Social, da Cultura, de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e de Turismo; do Conselho Estadual do Idoso; do Tribunal de Contas do Estado; do Tribunal de Justiça; da prefeitura de Porto Alegre; da Câmara Municipal por meio da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa Idosa de Porto Alegre; e da Faculdade Factum.
Toda a programação será transmitida pela TV e Rádio ALRS e por seus canais no YouTube e no Facebook.
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Edição: Katia Marko