Há um ano, o Brasil enfrentava uma de suas páginas mais obscuras: a invasão do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto por grupos antidemocráticos. Este ataque não foi apenas uma violação física das instituições; representou uma agressão profunda aos fundamentos democráticos do país.
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A afronta à democracia, liderada por extremistas alinhados a Jair Bolsonaro, buscava corroer as bases da nossa nação. Apesar das medidas judiciais tomadas, incluindo a prisão de mais de 2,1 mil envolvidos e a condenação de 30 pessoas, a sombra do autoritarismo persiste.
A operação golpista não teve êxito, principalmente porque o presidente Lula não caiu na armadilha. Ele interveio na segurança pública do Distrito Federal e reprimiu os golpistas com a polícia, como é adequado, pois as Forças Armadas não devem intervir na política interna nem cuidar da segurança pública.
Destaca-se que a atividade convocada pelo governo federal está sendo atacada furiosamente pela extrema-direita. Somos a favor da demissão do ministro da Defesa. Um novo ministro da Defesa é peça essencial para alcançarmos a indispensável subordinação das Forças Armadas ao poder civil.
Reiteramos a necessidade de responsabilizar todos os envolvidos nos eventos golpistas de 8 de janeiro de 2023, começando por Jair Bolsonaro, os comandantes militares, empresários financiadores e todos os participantes, diretos ou indiretos.
Além disso, ressaltamos a urgência de seguir combatendo a influência golpista, principalmente junto a setores populares, destacando políticas de desenvolvimento com bem-estar social como antídoto ao neoliberalismo e à extrema-direita.
Por fim, sublinhamos que a defesa das liberdades democráticas não pode depender exclusivamente das instituições. Somente um povo consciente, organizado e mobilizado tem o poder de derrotar o golpismo.
* Vereadora do PT em São Leopoldo, vice-presidenta do PT/RS
** Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Edição: Marcelo Ferreira