A Cesta Básica de Porto Alegre ficou estável no mês de novembro. O valor do conjunto dos alimentos passou a custar R$ 739,18, conforme aponta a pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com isso, a Capital deixa de ter o conjunto de alimentos mais caro do país, ultrapassada por Florianópolis e São Paulo.
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Dos 13 produtos pesquisados, sete registraram queda de preço em Porto Alegre: o tomate (-3,85%), o café (-2,79%), o óleo de soja (-2,54%), o feijão (-2,53%), o leite (-1,34%), a manteiga (-0,44%) e a banana (-0,22%). Por outro lado, seis itens ficaram mais caros: a batata (13,17%), o arroz (3,53%), o açúcar (2,53%), a farinha de trigo (0,46%), a carne (0,11%) e o pão (0,07%).
De janeiro a novembro de 2023, a cesta da Capital registrou recuo de 3,45%. Oito itens apresentaram queda, com destaque para a redução no valor do óleo de soja (-32,87%), do café (-16,59%), da banana (-13,09%) e da farinha de trigo (-11,62%). Entre os que ficaram mais caros despontam o arroz (18,51%) e o açúcar (8,46%).
No acumulado dos últimos 12 meses, a queda no custo da cesta foi de 5,42%. Foram registrados recuos em oito produtos da cesta. Os que mais ficaram baratos foram o óleo de soja (-31,85%), a banana (-22,29%), o café (-16,47%), a batata (-12,23%) e a farinha de trigo (-11,38%). Quatro itens registraram alta, em especial o arroz (22,42%), o feijão (10,14%) e o açúcar (9,44%).
Aumento em nove capitais
Em novembro de 2023, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em nove das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais importantes ocorreram em Brasília (3,06%), Goiânia (1,97%) e Belo Horizonte (1,91%).
A comparação dos valores da cesta, entre novembro de 2022 e novembro de 2023, mostrou que 12 capitais tiveram redução do preço médio. Já ao se analisar somente 2023, verifica-se redução nos preços de todas as capitais pesquisadas.
Salário mínimo deveria ser 4,77 vezes maior
O valor do salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.294,71 , conforme estimativa feita pelo Dieese. Isso equivale a 4,77 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em outubro, o valor necessário era de R$ 6.210,11 e correspondeu a 4,70 vezes o piso mínimo.
O cálculo é feito com base na cesta mais cara, que em novembro foi a de São Paulo, e leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Edição: Marcelo Ferreira