Rio Grande do Sul

DECISÃO HISTÓRICA

Conselho da Ufrgs aprova paridade na consulta para escolha da Reitoria

Formato usado por outras universidades federais do país, decisão garante mesmo peso nos votos já na próxima eleição

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Após amplo debate dos conselheiros, o mérito do parecer foi aprovado por 66 votos a favor e quatro abstenções - Foto: Victor A. Frainer

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) aprovou, na manhã desta sexta-feira (24), a paridade na consulta para escolha de reitor/a da universidade.

A decisão aprovada foi elaborada por Comissão Especial do conselho. O parecer apontou que a partir das próximas eleições para a Reitora, a Universidade realizará uma consulta de caráter “informal” junto à comunidade universitária, onde os votos de estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos terão o mesmo peso. Esse formato é usado amplamente por outras universidades federais do país. Antes da decisão de hoje, o peso do voto dos professores era de 70% e demais segmentos 15% cada.

Ficou definido que o processo de consulta à comunidade universitária será organizado e realizado por uma Comissão de Consulta Paritária Externa ao Consun. Caberá ao conselho, elaborar através de Comissão de Assento Eleitoral ou de Comissão Especial específica, as diretrizes da Consulta à Comunidade Universitária.

Na avaliação de Tamyres Filgueira, coordenadora-geral da Assufrgs Sindicato e representante dos técnicos no Consun, a conquista da paridade significa um avanço democrático. “A paridade é uma vitória histórica, pois corrige uma injustiça antidemocrática que se manteve por muitos anos. Nossa luta e mobilização conseguiu arrancar essa vitória por mais democracia na Ufrgs.” Do lado de fora, sindicatos e movimento estudantil realizaram uma vigília, onde manifestaram seu apoio pela paridade na consulta para reitor.

Após amplo debate dos conselheiros, o mérito do parecer foi aprovado por 66 votos a favor e quatro abstenções. Os destaques foram apontados, sendo o debate concentrado na fórmula do cálculo da paridade, se levaria em consideração apenas os votos válidos ou se teria algum redutor dependendo do tamanho de cada segmento. Por 48 votos a favor, 11 contrários e duas abstenções foi aprovado o cálculo originalmente proposto pela Comissão Especial. Ou seja, sem redutores para nenhum segmento, possibilitando uma Paridade efetiva na consulta à Reitoria. 


Edição: Katia Marko