Rio Grande do Sul

PROTEÇÃO DAS ABELHAS

ONG Pachamama realiza ‘I Festival do Mel: Somos colmeia’ em Morungava

O encontro neste domingo terá brincadeiras para as crianças, música, palestras, colheita de mel, brechó e feira orgânica

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A Organização das Nações Unidas alerta para os riscos de escassez de alimentos por conta da mortalidade em massa de insetos polinizadores - Foto: Stela Pastore

Com o objetivo de promover o cuidado e proteção das abelhas a ONG Pachamama realiza o I Festival do Mel: Somos colmeia, neste domingo (12), das 9h às 17h, na Comunidade Aoniken, no distrito de Morungava, em Gravataí (RS 020, Parada 103 Nº 22358).

O encontro terá brincadeiras para as crianças, música, palestras, colheita de mel, brechó, feira orgânica, plantio de flores e almoço comuneiro.

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Os visitantes podem aprofundar conhecimentos de apicultura, com demonstrações de colmeias, técnicas de coleta de mel, importância das abelhas na polinização de culturas e possibilidade de adoção de caixas.

Estão confirmadas as participações dos músicos Martin Coplas e Zé Martins, do Grupo Unamérica, oficina com o muralista DS Lima e programação com as crianças com a campeã brasileira de bumerangue, Scheila Meira.

“A vida das abelhas é crucial para o equilíbrio dos ecossistemas, para o sucesso da agricultura e preservação das florestas. A proposta é conscientizar crianças e adultos sobre a necessidade de proteger as abelhas e a vida,” destaca a presidenta da ONG, Claudia Zambrano. Segundo ela, a ideia surgiu como uma extensão das ações realizadas nas comunidades campesinas do movimento Nación Pachamama, que tem núcleos em vários países latino-americanos e estados brasileiros.

Mais cuidado, mais diversidade

Cerca de 80% das plantas se reproduzem por meio da polinização e mais da metade dos alimentos. Desde a antiguidade, o mel é usado tanto como alimento, quanto como medicamento. O alimento possui inúmeras propriedades que proporcionam equilíbrio ao organismo. Além do mel, as abelhas produzem geleia real, própolis, cera, apitoxina e pólen.

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As abelhas são organismos sensíveis, sofrem com a ação humana pela agricultura intensiva, pesticidas, poluição, introdução de espécies invasoras e alterações climáticas. Algumas espécies estão sob risco de extinção.

A Organização das Nações Unidas alerta para os riscos de escassez de alimentos por conta da mortalidade em massa de insetos polinizadores. Na busca do pólen, sua refeição, estes insetos polinizam grande variedade de plantas e asseguram a diversidade.

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Claudia lembra que em meio à grave crise climática mundial, criar oásis para que as abelhas encontrem um ambiente saudável para sua reprodução e manutenção é essencial. “Podemos criar mais jardins, áreas verdes e ambientes ricos em flores e evitar venenos para gerar lugares para que vivam saudáveis gerando vida”, pontua. “Garantir que essas grandes aliadas encontrem condições para sobreviver é cultivar um horizonte de esperança para todos”, completa a ativista.


A vida das abelhas é crucial para o equilíbrio dos ecossistemas, para o sucesso da agricultura e preservação das florestas / Divulgação

“Esse é um Festival para proteger e celebrar a vida, fortalecer o vínculo de cuidado e carinho com as abelhas, reconhecendo sua imensa importância à humanidade. É também momento de voltar a ser colmeia, e viver a vida comunitária tecendo o vínculo de amor e consciência à Pachamama”, conclui.


Edição: Katia Marko