Prestes a completar um mês, a ofensiva militar de Israel em Gaza iniciada em 7 de outubro segue motivando protestos pelo mundo. No Brasil, milhares de pessoas ocuparam as ruas em pelo menos 13 cidades de todas as regiões do país neste sábado (4), no Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino.
Em Porto Alegre a mobilização aconteceu no Largo Glênio Peres. O ato reuniu cerca de 2 mil pessoas e contou com a participação da comunidade palestina da capital gaúcha, parlamentares e diversos movimentos sociais.
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Com bandeiras da Palestina, faixas, cartazes de protesto contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza, os manifestantes em Porto Alegre seguiram marchando pelo Centro, denunciando o genocídio. As manifestações acontecem em meio ao recrudescimento do conflito entre Israel e Palestina, que já deixaram mais de oito mil mortos palestinos e milhares de feridos.
“Estamos aqui nos somando a luta e resistência contra o genocídio praticado por Israel ao povo palestino. Hoje o mundo inteiro promove ações e mobilizações contra o genocídio. Libertação já ao povo palestino”, afirmou o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no Rio Grande do Sul, Roberto Liebgott.
Presente ao ato o deputado estadual Matheus Gomes (PSOL) ressaltou ser preciso construir um isolamento político no mundo inteiro ao que Israel faz contra o povo palestino, especialmente na Faixa de Gaza, que já sofre com os bombardeios há mais de um mês.
“O Brasil tem um papel importante, acho que o presidente Lula e toda a sua equipe tentou, do ponto de vista diplomático, construir a saída, mas isso até agora não funcionou. A pressão precisa vir da mobilização de rua, também da ruptura de acordos comerciais, especialmente aqueles de colaboração militar que o Brasil tem com o Estado de Israel. Caso contrário vamos ter a consolidação de um genocídio, de um processo de limpeza étnica, que é o que realmente está acontecendo”, frisou.
Também do PSOL, a deputada federal Fernanda Melchiona ressaltou que o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino é fundamental. “É preciso acabar agora esse massacre. A cada 15 minutos, uma criança palestina está sendo assassinada pelo Estado de Israel com seus crimes contra a humanidade e a propaganda de guerra, infelizmente reproduzida pela mídia corporativa aqui no Brasil. Uma verdadeira barbárie que precisa acabar, precisa cessar-fogo, mas também uma paz justa que garanta a autodeterminação do povo palestino.”
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Ex-deputado estadual e membro da direção do PCdoB, Raul Carrion destacou que o genocídio que Israel faz hoje na Faixa de Gaza, faz também na Cisjordânia. “Centenas de palestinos mortos também na Cisjordânia. Israel só tem condições de fazer isso porque atrás tem o imperialismo norte-americano, é algo que não podemos esquecer. Essas manifestações são globais, um grande movimento internacional de solidariedade. Porque a luta da Palestina pelo seu direito, pelo Estado Palestino, não é uma luta do povo Palestino, é uma luta dos povos de todo mundo que não aceitam o colonialismo, o apartheid, a falta de democracia.”
“Todos defendemos a paz, mas sabemos que a paz é constituída através do caminho da justiça, com garantia aos direitos humanos de maneira ampla. E não é o que vemos, na cena que estamos testemunhando há 76 anos naquele território. Uma política de apartheid, de limpeza étnica, de genocídio. Por isso é fundamental que todos nós amplifiquemos a denúncia para que possamos caminhar pela paz”, afirmou a deputada estadual Laura Sito (PT).
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Nesta quarta-feira (8), das 18h às 20h30, será realizado mais um ato em Solidariedade ao Povo Palestino, na Casa Diógenes Oliveira (Rua Lopo Gonçalves, 495), que contará com debate das deputadas estaduais Laura Sito (PT) e Luciana Genro (PSOL).
O Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino foi convocado durante a 3ª Conferência Internacional Dilemas da Humanidade, realizada em outubro, na África do Sul, pela Assembleia Internacional dos Povos (AIP).
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* Com a colaboração de Jorge Leão.
Edição: Katia Marko