Uma reunião na tarde desta sexta-feira (20) entre a secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, e a comunidade escolar do bairro Menino Deus confirmou que a escola não será fechada. Durante visita à sede da escola, a secretária se desculpou pelo anúncio de interdição total da instituição de ensino para o conserto de um muro.
O recuo acontece poucos dias após a direção da escola comprovar que o prédio poderia ser interditado apenas parcialmente – sem a necessidade de fechamento. A medida de interdição total solicitando as preferências de transferência dos alunos havia sido encaminhada pela 1ª CRE à diretoria da escola, por email, no início do mês.
Isso motivou uma série de protestos de professores, funcionários, mães, estudantes e comunidade, diante da ausência de uma consulta junto à comunidade. Um abaixo assinado foi organizado por membros da Associação de Moradores reivindicando a manutenção da escola e mais investimentos em infraestrutura.
No dia 11 de outubro, durante visita de técnicos e representantes da pasta para a avaliação da condição do muro, a diretora Fabiana Silva apresentou um auto de interdição parcial da estrutura, assinado por um fiscal da Secretaria Municipal de Obras Públicas em agosto.
Na última quarta (17), com apoio do 39° Núcleo do Cpers, em ato no Palácio Piratini, foi encaminhada uma carta de reivindicações ao governador solicitando obras, garantia de preservação da escola e ampliação do atendimento da comunidade com EJA, Ensino Médio, ensino em tempo integral.
Para a secretária Raquel Teixeira, não passou de “um mal-entendido” a informação de que haveria o fechamento da escola. Ao responder os questionamentos da comunidade, ela e o Sub-Secretário de Infraestrutura informaram que serão realizados, de forma imediata, investimentos na ordem de R$ 4,5 mil para a colocação de tapumes junto ao muro. Além disso, serão investidos mais R$ 15 mil para equipamentos de sustentação para o muro e terá sequência um processo para construção de um outro muro com melhor estrutura.
A diretora-geral do 39º núcleo, Neiva Lazzarotto, avalia que o anúncio da manutenção das atividades para o próximo ano letivo é resultado de uma luta de toda a comunidade. Ela destaca, porém, que todas as reivindicações elencadas pelas manifestações recentes devem serão cobradas do governo a partir da constante mobilização.
“A comunidade está muito feliz porque conquistou essa vitória, tem certeza de que houve um recuo do governo e que a escola somente será mantida devido à mobilização e a firmeza da diretora Fabiana Silva”, destaca Neiva.
Edição: Katia Marko