O Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) anunciou nesta segunda-feira (16), os vencedores do Prêmio Educação RS 2023, eleitos em votação on-line pelos professores associados ao Sinpro/RS, comissão julgadora e direção do Sindicato.
Na categoria profissional, é vencedora a professora Heloiza Matilde Rabeno, do Instituto de Educação General Flores da Cunha, de Porto Alegre; na categoria instituição, o Instituto Superior de Educação Ivoti (Isei), de Ivoti; e, na categoria projeto, Da Rua Para Nóia, da Universidade Feevale, de Novo Hamburgo.
Os agraciados receberão a estatueta Pena Libertária na próxima sexta-feira (20), às 19h30, em Porto Alegre, em cerimônia especial no Farol Santander (Rua Sete de Setembro, 1.028 – Centro Histórico).
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Criado pelo Sinpro/RS em 1998, o Prêmio Educação RS tem como objetivo estimular e valorizar os profissionais, instituições e projetos comprometidos com o ensino de qualidade e com a construção da cidadania.
A premiação se caracteriza por abranger amplamente a educação gaúcha, tanto da rede pública quanto do ensino privado, a partir de indicações espontâneas da sociedade gaúcha diretamente pela página da premiação.
Desde sua criação, já foram agraciadas 24 profissionais, 27 projetos e 24 instituições, além de menções honrosas em ocasiões especiais.
Os vencedores de 2023:
Categoria Profissional – Heloiza Matilde Rabeno, do Instituto de Educação General Flores da Cunha, de Porto Alegre
Professora há mais de 50 anos, é graduada em Letras e em Tradução pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e em Arte e Educação pela Faculdade Palestrina. É especialista em Linguística Aplicada ao Texto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Apaixonada pela sala de aula, atuou no Colégio Israelita e Colégio Anchieta. Aprovada em um concurso público, há exatos 23 anos, ensina Língua Portuguesa no Instituto de Educação General Flores da Cunha (IE).
Além do dia a dia na escola, Helô, como é conhecida, sempre esteve engajada em lutas no campo educacional, como por melhores salários, valorização profissional, condições e recursos de trabalho para os docentes em geral. Sua atuação dedicada como professora e seu compromisso com a cidadania e a democracia tem sido importante para a formação de centenas de estudantes.
Instituição – Instituto Superior de Educação Ivoti (Isei), de Ivoti
Faculdade comunitária e filantrópica, criada em 1997, pela Associação Evangélica de Ensino (AEE), para dar continuidade a uma longa trajetória na formação de professores, iniciada em 1909.
As atividades iniciaram com apenas um curso de licenciatura, tendo atualmente os cursos de licenciatura em Pedagogia, Música, Letras (Português e Alemão), História, Geografia e a segunda licenciatura em Pedagogia, com ênfase em educação bilíngue, além da pós-graduação e atividades de extensão, consolidando-se como uma instituição de referência na formação de professores.
As parcerias com redes de ensino e escolas de inúmeros municípios da região, oportunizam vivências práticas aos acadêmicos do Isei que ampliam a diversidade de projetos, bem como o número de pessoas alcançadas.
A Instituição ainda tem parcerias com diversas entidades educacionais e do terceiro setor para oferta de atividades, tanto no âmbito de assessoria e pesquisa, quanto de formação continuada dos profissionais.
Projeto – Da Rua Para Nóia, da Universidade Feevale, de Novo Hamburgo
Lançado em 2017, o projeto é fruto de um diagnóstico socioinstitucional realizado pelo Centro Integrado de Psicologia da Universidade Feevale, junto ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social para População em Situação de Rua (Centro POP) de Novo Hamburgo.
Tem entre seus objetivos promover a saúde, os direitos humanos e a cidadania das pessoas que vivem em situação de rua do município, contribuindo para a visibilidade social e para a garantia de direitos.
O projeto contribui na inserção da Universidade em uma temática ainda pouco explorada, permitindo que acadêmicos e professores dos cursos de psicologia, enfermagem, pedagogia e comunicação se insiram nas atividades propostas, desenvolvendo aspectos teóricos, técnicos e práticos no campo da vulnerabilidade social, direitos humanos e proteção social.
Além disso, estas experiências são socializadas na Universidade através de aulas abertas, seminários e debates em sala de aula, ampliando o conhecimento acerca da população em situação de rua e prevenindo comportamentos e perspectivas preconceituosas ou discriminatórias.
Entre as atividades, atendimentos de enfermagem, oficinas de educação e apoio ao Educação de Jovens e Adultos (EJA) e ao Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), oficinas de saúde mental; formação continuada para os trabalhadores do Centro POP e a produção de produtos jornalísticos junto a população em situação de rua.
Edição: Extra Classe