Rio Grande do Sul

CUBA LIVRE

Campanha 'Cuba Vive e Resiste!' é lançada em Porto Alegre

Objetivo é pressionar o presidente dos EUA, Joe Biden, a revogar decisão de seu antecessor Donald Trump

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Campanha internacional está coletando um milhão de assinaturas para pressionar o presidente dos EUA a retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo - Foto: Katia Marko

O Ato Político-Cultural Cuba Vive e Resiste reuniu dezenas de pessoas, no sábado (14), no Armazém do Campo em Porto Alegre. A atividade é parte de uma campanha internacional para coletar um milhão de assinaturas para pressionar o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para retirar Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo. 

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O evento contou com apresentações artísticas de Florisnei Thomaz e Liane Schuler. A organização é do Associação Cultural José Martí RS, com apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Instituto de Educação Josué de Castro, do Levante Popular da Juventude e do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers).

Internacionalmente, a campanha Cuba Vive e Resiste é fruto de uma articulação que envolve redes como o Foro de São Paulo, a Assembleia Internacional dos Povos (AIP), a ALBA Movimentos e a Marcha Mundial de Mulheres.

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Essa é a segunda vez que Cuba é incluída nessa lista criada pelos Estados Unidos. O país do Caribe havia sido retirado deste grupo em 2015, durante a gestão do então presidente, Barack Obama. A decisão foi tomada, a poucos dias do fim do mandato de Donald Trump, em janeiro de 2021.

Fazer parte dessa lista significa que a economia cubana, já gravemente afetada por um bloqueio que dura mais de 60 anos, fica ainda mais prejudicada, e consequentemente, todo o povo cubano é afetado.

Direito de ser independente

“Nós não somos um fã clube de Cuba, mas respeitamos a decisão daquele povo de se tornar independente, isso que incomoda o imperialismo, eles terem tomado essa decisão de ser independentes”, afirmou Ricardo Haesbaert, vice-presidente da Associação Cultural José Martí RS, durante o evento.

O governo americano vinculou a decisão ao apoio de Cuba ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e por ter abrigado fugitivos dos EUA. A volta de Cuba para a lista de países patrocinadores do terrorismo traz impedimentos para o Estado realizar transações financeiras internacionais e adquirir bens no mercado internacional, como alimentos, medicamentos e combustíveis.

“Pelo contrário quem promove o terrorismo de Estado é os EUA pelo mundo a fora. E, Cuba na realidade promove paz, promove vida, promove principalmente em suas brigadas médicas premiadas, nós tivemos essa experiência histórica aqui no Brasil que infelizmente foi interrompida”, complementa Haesbaert.

Neste momento, a inclusão e a exclusão dessa lista depende apenas de uma decisão do governo Biden.

Carta está coletando assinaturas

“Acreditamos que a pressão internacional e conhecer a verdade sobre as consequências dessas hostilidades dos Estados Unidos são armas poderosas para tirar Cuba da lista de Estados que patrocinam o terrorismo”, afirmam os organizadores na carta da campanha, que acrescenta: “Portanto, fazemos um apelo global a organizações e líderes sociais, movimentos populares, movimentos religiosos, artistas, atletas, jornalistas, associações pela paz, em defesa dos direitos humanos e da igualdade entre os povos, para que assinem esta carta”.

Para aderir a campanha e assinar a petição de maneira  on-line ou em um formato impresso acesse o link: https://pt.letcubalive.info/full-letter.

Assista ao lançamento da campanha em Porto Alegre:


Edição: Marcelo Ferreira