Nesta segunda-feira (16), Dia Mundial da Alimentação, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) faz uma jornada de mobilizações em todo o país com o intuito de pressionar o governo Lula a avançar nas políticas de implementação da reforma agrária.
O MST/RS realizará duas ações em Porto Alegre, na manhã desta segunda-feira (16). Juntamente com agricultores assentados, cooperativas, Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Por Direitos (MTD), Levante da Juventude, cozinhas comunitárias e entidades que atendem famílias de baixa renda será realizada uma Plenária Popular em frente à Superintendência da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Porto Alegre (R. Quintino Bocaiúva, 57 - Moinhos de Vento).
O objetivo é defender o fortalecimento da Conab e cobrar celeridade na execução do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). As 10h haverá uma audiência com a direção da Conab. Também será montada uma cozinha e o ato se encerrará com almoço no local.
Segundo o dirigente estadual Gerônimo Silva, são mais de 80 entidades, envolvendo 15.200 pessoas, aptas a receber os alimentos do PAA no estado. “Envolvem 45 cozinhas solidárias, que fornecem mais de 35 mil marmitas ao mês. São 11 projetos de 10 cooperativas e uma associação dos assentados envolvendo mais de 700 famílias assentadas, no aguardo dos contratos PAA. Esperamos com está plenária a contratação dos projetos do PAA, e a operacionalização do PAA nas cozinhas solidárias”, destaca.
No Incra (Av. Loureiro da Silva, 515 - Centro Histórico), os dirigentes do movimento têm uma audiência com o superintendente às 9h, quando será entregue a pauta de reivindicações. A mobilização deve iniciar por volta das 7h30 no local.
A Jornada pretende cobrar do governo federal a necessidade de medidas concretas e efetivas para superar a fome. “O presidente Lula disse, em sua posse, que sua prioridade número 1 seria combater a miséria. Entendemos que tal combate passa, necessariamente, por uma política de Reforma Agrária efetiva e concreta, com um orçamento correspondente à importância desta política”, defende o movimento.
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Na visão do MST, as famílias assentadas da Reforma Agrária são importantes sujeitos para assegurar a produção de comida de verdade para o povo brasileiro. No entanto, é necessário que o governo federal assegure as condições objetivas para tal produção, que é de interesse geral do país.
“Tais condições passam pela retomada de uma política de créditos para produção e comercialização das famílias assentadas, fortalecimento de cooperativas, por meio da publicação de editais desburocratizados, que facilitem o acesso da agricultura camponesa, retomada dos editais de compras públicas voltadas à agricultura familiar, entre outros. Em especial, destacamos a necessidade de termos o fortalecimento do PAA e do Pronera, os quais necessitam de orçamentos condizentes com o tamanho da demanda das famílias.”
Edição: Katia Marko