A organização do 6º Festival Santa Cruz de Cinema anunciou os 18 filmes selecionados para a Mostra nacional 2023. O festival será realizado entre os dias 24 e 27 de outubro. Esta edição teve recorde de inscritos: 695 obras de 25 estados e do Distrito Federal. O RS tem sete filmes inscritos na mostra nacional.
O Festival é uma realização do Sesc-Unidade Fecomércio, Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e Pé de Coelho Filmes.
O evento foi viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, com captação de recursos da JTI, Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul e Corsan RS e apoio institucional da Locadora Filmes do Bem.
A programação inclui debates com os cineastas, oficinas na área do audiovisual e cerimônia de premiação. Serão homenageados com o prêmio Tuio Becker a atriz Hermila Guedes e o ator Thiago Lacerda.
Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público.
Os filmes selecionados serão exibidos no Auditório Central da Unisc durante as três primeiras noites do festival. A cerimônia de premiação ocorre na última noite do festival, 27 de outubro.
O professor da Unisc, Rudinei Kopp, organizador do evento e idealizador do troféu Tipuanas, inspirado nas folhas das árvores que formam o túnel verde numa rua central do município, afirma que a comissão organizadora se surpreendeu com a quantidade de filmes inscritos nesta edição.
Para ele, isso demonstra o crescimento do evento e a confiança dos cineastas. “Foi um longo processo de seleção, com muitas obras de qualidade, para que fosse possível eleger os 18 filmes selecionados para participar”, destaca.
Diversidade
Além dos realizadores que concorrem nas mais diversas categorias, já está confirmada a presença dos homenageados durante a semana do festival.
Graças ao olhar cuidadoso da curadoria e dos jurados, o festival tem valorizado obras que destacam temas relacionados às questões de gênero, racismo e exclusão social, entre outros, ressaltam os organizadores.
Além do estímulo à reflexão possibilitado pela exibição gratuita dos filmes, os assuntos ainda são amplamente debatidos após cada sessão.
“A qualidade dos filmes exibidos e a importância dos assuntos abordados em cada história contada têm garantido um grande público e a aprovação do festival pelos realizadores da área do audiovisual de todo o país”, diz Kopp.
Recordes de inscritos
Idealizado por um coletivo de admiradores e realizadores da área do audiovisual, o festival começou em 2018 com grande adesão de realizadores, patrocinadores e público.
Desde a primeira edição, que teve como homenageada a cineasta Liliana Sulzbach, o evento vem superando o número de inscritos a cada edição e já é reconhecido entre os maiores festivais de cinema do país. Na primeira edição foram 538 filmes inscritos de 24 estados e do DF.
Em 2019 foram 614 filmes inscritos, de 21 estados e DF. De acordo com Kopp, algumas marcas do festival começaram a ser pontualmente notadas: diversidade, inclusão e cidadania.
O cineasta gaúcho Jorge Furtado, um dos padrinhos do evento, foi o homenageado do ano. Naquele ano foi instituído o Prêmio Tuio Becker, um reconhecimento à contribuição de um dos mais cultuados críticos de cinema, natural de Santa Cruz, que atuou nos jornais Correio do Povo e Zero Hora. O primeiro troféu foi concedido ao ator Leandro Firmino.
Em 2020, devido à pandemia de covid-19, o festival foi realizado de forma virtual. Foram 603 filmes inscritos, de 23 estados e DF. A homenagem do ano foi para a atriz Léa Garcia. O prêmio Tuio Becker foi para os diretores e roteiristas Filipe Matzembacher e Márcio Reolon.
Ainda convivendo com as adversidades impostas pela pandemia, em 2021 o evento foi realizado na modalidade híbrida. Foram 682 filmes inscritos. O homenageado da edição foi o ator Matheus Nachtergaele e o prêmio Tuio Becker foi para o desenhista e ilustrador José Luiz Benício da Fonseca, natural de Rio Pardo e um dos idealizadores da identidade visual do evento.
A atriz Júlia Lemmertz foi a homenageada do festival em 2022. “A sua presença nas sessões e nos momentos festivos e culturais durante a semana deixaram lições de amor ao cinema e apoio incondicional ao festival”, destaca. O público assistiu a uma mostra selecionada a partir da inscrição de 544 filmes. O ator Júlio Andrade foi agraciado da sexta edição com o prêmio Tuio Becker.
Filmes selecionados para a Mostra Nacional/2023:
A última vez que ouvi Deus chorar, de Marco Antonio (MG)
A velhice ilumina o vento, de Juliana Segóvia (MT)
Buscapé, de Fred Luz (RS)
Carcinização, de Denis Souza (RS)
Chove lá fora, de Mirela Kruel (RS)
Coletânea de histórias extremamente curtas, de Pedro Villaça (SP)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Deus não deixa, de Marçal Vianna (RJ)
Dinho, de Leo Tabosa (PE)
Ela mora logo ali, de Rafael Rogante e Fabiano Barros (RO)
Ernesto, de Fernanda Roque (MG)
Marreta, de André Fidalgo (SP)
Noturna, de Gabriela Poester (RS)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RS)
Rasgão, de Victor di Marco e Márcio Picoli (RS)
Remendo, de Roger Ghil (ES)
Sabão Líquido, de Fernanda Reis e Gabriel Faccini (RS)
Travessia, de Gabriel Lima (RJ)
Mostra Olhares Daqui
Seleção de realizações de Santa Cruz do Sul
Já é tarde, de Luís Alexandre
Existe ou Resiste, de Vitz Almeida
User, de Lucas Dias
Programação:
24/10
19h: Abertura Oficial
19h30min: Mostra Competitiva
Já é tarde, de Luís Alexandre (Mostra Olhares Daqui)
Buscapé, de Fred Luz (RS)
Remendo, de Roger Ghil (ES)
Sabão líquido, de Fernanda Reis e Gabriel Faccini (RS)
Coletânea de histórias extremamente curtas, de Pedro Villaça (SP)
Travessia, de Gabriel Lima (RJ)
Ela mora logo ali, de Rafael Rogante e Fabiano Barros (RO)
Debate com realizadores
25/10
19h: Mostra Competitiva
User, de Lucas Dias (Mostra Olhares Daqui)
Carcinização, de Denis Souza (RS)
A velhice ilumina o vento, de Juliana Segóvia (MT)
Deus não deixa, de Marçal Vianna (RJ)
Noturna, de Gabriela Poester (RS)
Última vez que ouvi deus chorar, de Marco Antonio (MG)
Marreta, de André Fidalgo (SP)
Debate com realizadores
26/10
19h: mostra competitiva
Existe ou resiste, de Vitz Almeida (Mostra Olhares Daqui)
Chove lá fora, de Mirela Kruel (RS)
Ernesto, de Fernanda Roque (MG)
Dinho, de Leo Tabosa (PE)
Rasgão, de Victor di Marco e Márcio Picoli (RS)
Pássaro memória, de Leonardo Martinelli (RJ)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Debate com realizadores
27/10
19h: Premiação, homenagens, encerramento
Edição: Extra Classe