Rio Grande do Sul

ALÍVIO NO BOLSO

Cesta básica de Porto Alegre recua 2,48% em setembro e deixa de ser a mais cara do país

Pesquisa do Dieese aponta que custo na capital gaúcha foi de R$ 741,71; cesta mais cara passa a ser a de Florianópolis

Brasil de Fato RS | Porto Alegre |
Custo da cesta básica recua em 14 das 17 capitais que fazem parte da pesquisa - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A cesta cásica de Porto Alegre registrou queda de 2,48% em setembro e deixou de ser a mais cara entre as 17 capitais que integram a pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos socioeconômicos (Dieese). O custo do conjunto de alimentos foi de R$ 741,71, enquanto a cesta de Florianópolis foi de R$ 747,64.

Dos 13 produtos pesquisados, oito registraram recuo de preço na capital gaúcha, com destaque para a batata, que teve queda de 19,93%. Ficaram mais baratas a banana (-5,55%), a farinha de trigo (-3,70%), o café (-3,49%), o leite (-3,28%), a manteiga (-2,73%), a carne (-2,41%) e o pão (-0,36%). Por outro lado, cinco itens ficaram mais caros: o arroz (5,06%), o tomate (1,80%), o açúcar (1,70%), o feijão (0,64%) e o óleo de soja (0,26%).

Desde o início do ano, a cesta de Porto Alegre registrou recuo de 3,12%. Os itens com maior queda foram o óleo de soja (-27,84%), a batata (-26,64%), a banana (-15,47%), o café (-13,81%) e a farinha de trigo (-12,16%). Os que ficaram mais caros foram o arroz (10,43%), o feijão (10,23%), o açúcar (6,68%) e o pão (6,49%).

No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta dos porto-alegrenses registrou queda de 0,30%. Foram registrados recuos em oito dos 13 produtos da cesta, com destaque para o óleo de soja (-28,31%), o leite (-18,50%) e o café (-14,99%). Cinco itens tiveram alta, sendo o tomate o que ficou mais caro, com um aumento de 39,88%.


Cesta básica Porto Alegre / Fonte: Dieese

Preços caem em 14 capitais

Em setembro de 2023, o valor do conjunto dos alimentos básicos caiu em 14 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As quedas mais importantes ocorreram em Brasília (-4,03%), Porto Alegre (-2,48%) e Campo Grande (-2,32%). As elevações foram observadas em Vitória (3,18%), Natal (3,06%) e Florianópolis (0,50%).

A comparação dos valores da cesta, entre setembro de 2022 e setembro de 2023, mostrou que oito capitais tiveram redução do preço médio, com variações que oscilaram entre -4,98%, em Campo Grande, e -0,30%, em Porto Alegre. As cestas de outras nove cidades apresentaram elevação, com destaque para os percentuais das capitais do Nordeste: Fortaleza (3,16%), Natal (3,00%), Aracaju (2,63%) e Salvador (1,91%).


Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos / Fonte: Dieese

Salário mínimo ideal é 4,76 vezes o atual

O Dieese estima que o valor do salário mínimo necessário, em setembro, para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.280,93 ou 4,76 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em agosto, o valor necessário era de R$ 6.389,72 e correspondeu a 4,84 vezes o piso mínimo. Em setembro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.306,97, ou 5,20 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.

O calculo leva em consideração a cesta mais cara, que neste mês foi a de Florianópolis, a partir de determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.


 
 

 

 

Edição: Marcelo Ferreira